Quem define o que é uma boa obra de arte? Por que alguns têm o poder de separar um pintor gênio de tantos outros considerados medíocres? Eles podem errar? Baseado em fatos reais, o filme The last vermeer é mais do que uma história de mistério na Holanda do pós-guerra: a narrativa dirigida por Dan Friedkin nos faz repensar sobre os sistemas das artes visuais e sobre no papel decisivo de alguns agentes, como os críticos de arte e os diretores de museus.
Acusado de vender, aos nazistas, uma suposta tela de Johannes Vermeer, um dos mais memoráveis artistas da Holanda, o artista Han Van Meegeren entra numa instigante jornada com o capitão Joseph Piller para provar ( ou não) sua inocência. Piller, vivido por Claes Bang – A.K.A. The Square e Tudo Pela Arte -, é um holandês trabalhando com o exército canadense, após a queda da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, repatriando pinturas e esculturas roubadas pelos nazistas.
Uma adaptação do livro The Man Who Made Vermeers, de Jonathan Lopez, o filme abre com a descoberta da tela escondida por Hermann Göring: “Jesus and the Adulteress” é rapidamente atribuída como uma obra pouco conhecida de Vermeer ( o artista produziu muito pouco) e logo é pendurada nas paredes do Museu Boijmans Van Beuningen, onde permanece até hoje. Piller é designado para rastrear quem a vendeu aos nazistas e rapidamente chega no nome do excêntrico Van Meegeren ! A venda de uma preciosidade nacional para os alemães teria consequências duras: qualquer pessoa que tivesse colaborado com o inimigo deveria ser fuzilado em praça pública. Por isso, o capitão fica intrigado com a possibilidade de estar incriminando um inocente.
Van Meegeren (interpretado por Guy Pearce, que também incorporou Andy Warhol) era um cara sedutor, querido, boêmio e, algumas vezes um tanto , arrogante, mas ele estava numa coisa: muitos gênios podem passar despercebidos pela História da Arte. Seria ele um deles?
ONDE? The last Vermeer pode ser alugado pela GooglePlay