“Xepa”, a primeira exposição individual da artista Nati Canto na NONADA, sob curadoria de Luisa Seipp, é uma ode ao absurdo. O início do projeto se dá com a série “Bituca” (2024), que mergulha no universo das pontas de cigarros descartadas nas ruas, bem como nos restos de frutas e legumes nos chãos de feiras, onde uma beleza decadente se mescla à vida urbana pulsante. A artista desafia as percepções convencionais ao criar obras que encapsulam a contradição do mundo contemporâneo.
Com 10 obras inéditas, desenvolvidas especialmente para a exposição, Nati Canto faz uso de ingredientes culinários considerados nobres, como urucum, barbatimão, cacau preto, spirulina verde e tucupi, transformando-os em gelatinas em sua cozinha-ateliê para compor suas obras. No entanto, essa nobreza é contrastada com a própria gelatina, um subproduto desperdiçado da agropecuária nacional. Em diálogo com a arte brasileira, sua produção extrapola as técnicas tradicionais do campo artístico, trazendo procedimentos gastronômicos para o universo da arte contemporânea. Sua pesquisa se concentra na investigação do prazer, da memória e dos sentidos, suscitados tanto pelo ato de comer quanto pelas questões sobre permanência postas pela materialidade de suas obras.
“Xepa” convida o público a explorar um espaço para incertezas e ambiguidades, aberto a interpretações diversas.
Trabalhando atualmente com materiais da culinária, Nati Canto utiliza gelatinas, tapiocas, pães de massa morta e pigmentos naturais para criar objetos que se posicionam entre a pintura, a escultura e a instalação. Em diálogo com a arte brasileira, sua produção extrapola as técnicas tradicionais do campo artístico trazendo ao universo da arte contemporânea procedimentos gastronômicos. Sua pesquisa se volta à investigação do prazer, da memória, dos sentidos, suscitados tanto pelo ato de comer, pelo processo de assimilação da comida pelo corpo e sua evacuação, quanto pelas questões sobre permanência postas pela materialidade de suas obras. Nesse sentido, seus trabalhos procuram refletir a respeito da simbologia da alimentação, do processo digestivo no corpo e sobre os ciclos de vida e de morte.
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