A DAN Galeria Contemporânea abre suas portas no dia 31 de agosto para a mostra “Writing, painting, calculating, transcoding”, do coletivo de artistas LAb[au], de Bruxelas. Ativo desde 1996, o grupo explora a interseção entre arte conceitual, sistemática e concreta, utilizando materiais e técnicas contemporâneas para questionar a estética atual por meio de uma lógica algorítmica. A mostra reúne cerca de 26 obras estruturadas em torno de três noções principais: modos, sistemas e conceitos, que se manifestam em instalações, integrações arquitetônicas e objetos de arte.
O LAb[au], originalmente formado pelo trio Manuel Abendroth, Jérôme Decock e Els Vermang, destacou-se por suas instalações dinâmicas, onde a interação entre arte e arquitetura é uma constante. Embora Els Vermang tenha deixado o grupo, Manuel e Jérôme continuam a explorar temas conceituais em obras como ‘Signal to Noise’ e ‘Chronoprints’. Essas criações exemplificam a abordagem única do LAb[au], que investiga a relação entre sinal e ruído, bem como a passagem do tempo, utilizando programação algorítmica para criar experiências visuais e auditivas envolventes, conectando o espectador à lógica por trás da criação artística.
Outras peças em destaque, como “Origami” e “Mosaique 8×8”, refletem a obsessão do grupo com a geometria e a cor, utilizando matrizes quadriculadas para criar padrões visuais que oscilam entre a ordem e a imprevisibilidade. Essas obras destacam a habilidade do LAb[au] em combinar elementos tradicionais da arte com tecnologias avançadas, resultando em composições que são ao mesmo tempo, meticulosas e aleatórias.
Flávio Cohn, um dos sócios da galeria, comenta “Dando continuidade à tradição da Dan Galeria em promover a arte concreta, apresentamos a obra da dupla belga Lab[au]. Manuel Abendroth, o artista, Jérôme Decock, o engenheiro, colaboram em um “laboratório de construção”, como denominam, criando obras que integram conceito, sistema e tecnologia. Esse trabalho dialoga com o movimento das Novas Tendências, iniciado nos anos 1960 pelo brasileiro Almir Mavignier e que influenciou artistas como Le Parc, Joël Stein, François Morellet e Francisco Sobrino. A dupla se destaca no cenário artístico mundial, com exposições nos museus mais importantes do mundo. Esta é a primeira vez que o público brasileiro tem a oportunidade de conhecer uma exposição que apresenta o conjunto de suas obras de forma tão completa.”
A exposição oferece uma visão profunda sobre a metodologia artística do grupo demonstrando que seus projetos são concebidos e executados a partir da fusão de pesquisa teórica, prática experimental e execução técnica. Ao visitar a mostra, o público será convidado a vivenciar uma experiência imersiva que desafia as percepções tradicionais da estética contemporânea.
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