Um panorama da importante e consistente obra da artista Wilma Martins (Belo Horizonte, 1934 – Rio de Janeiro, 2022) é apresentado na exposição Wilma Martins – Território da memória, a primeira mostra póstuma da artista falecida no ano passado, aos 88 anos. Com curadoria de Frederico Morais, crítico de arte e marido da artista, e a historiadora da arte Stefania Paiva, que conviveu intensamente com Wilma nos seus últimos anos de vida, a mostra será composta por 37 obras, além de estudos, em um conjunto nunca antes reunidas, incluindo trabalhos pouco conhecidos da artista, desde suas primeiras produções até a última. São gravuras, pinturas, desenhos e cadernos, que mostram a potência e as diversas facetas da obra de Wilma Martins. “Contemplar sua obra é olhar para dentro da artista. E Wilma nos transporta para outros domínios, para impensáveis cenas, dessas que só aparecem nos delirantes sonhos. A seu modo, construiu um mundo com a riqueza do mistério, capaz de cativar até mesmo o mais desatento espectador. Sua delicada força está em tudo o que ela criou”, afirma Stefania Paiva, que assina a curadoria da exposição ao lado de Frederico Morais. A exposição apresentará desde os primeiros trabalhos da artista – pequenas gravuras da década de 1960 –, passando por xilogravuras maiores, pinturas e desenhos, chegando até a última obra feita por ela – “Dona Marta 24h” (2016), composta por 25 desenhos, que representam o Mirante Dona Marta, no Rio de Janeiro, em cada hora do dia e da noite, durante um período de 24 horas.
Por outro lado, Sobre Prumos? reúne importantes trabalhos das séries Sob Pressão e Sob Tensão desenvolvidas entre 2021 e 2023 pelo artista paranaense – radicado há nove anos na cidade do Rio de Janeiro – Marcelo Monteiro. Resultantes de um profundo projeto de pesquisa, aliado a questões autobiográficas, as obras que compõem a exposição trazem à tona temas sobre trabalho; trabalhadores e direitos trabalhistas – proposições reflexivas fundamentais na sociedade contemporânea. Nas palavras de Fernando Cocchiarale, curador da exposição: “Sobre Prumos? apresenta um produto político aos visitantes; uma ‘obra aberta’ sobre o discurso do equilíbrio”. Cocchiarale complementa, argumentando que “nos trabalhos de madeira e aço – construídos por Marcelo Monteiro – é possível percebermos os rastros que hoje fundamentam as decisões e escolhas de grande parte de uma arte politizada”.
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