“Very High Frequency” de Hilary Lloyd no Studio Voltaire

Hilary Lloyd. Instalação de Very High Frequency, 2025. Cortesia do Studio Voltaire.

Hilary Lloyd apresenta “Very High Frequency”, uma nova e importante exibição que considera o escopo e o espírito do pioneiro dramaturgo, dramaturgo televisivo e escritor Dennis Potter (n. 1935-m. 1994).

A instalação em camadas de Lloyd combina elementos audiovisuais com materiais de arquivo e interlúdios performáticos, encenando um encontro não linear com a obra de Potter para e na televisão. Envolvendo-se com os temas, confrontos e atmosferas que definiram a obra de Potter, a exposição navega por suas explorações sobre doença, morte, sexo, poder e classe.

Potter foi aclamado como o dramaturgo, dramaturgo televisivo e escritor mais pioneiro da Grã-Bretanha. Mais conhecido por suas séries de TV, suas técnicas brechtianas intermediaram uma relação significativa e ousada entre o teatro experimental e a televisão. Desafiando o naturalismo dominante dos dramas televisivos terrestres, Potter foi pioneira em uma infinidade de dispositivos dramáticos para mesclar fantasia e realidade, incluindo flashbacks e sequências de fantasia entrelaçados, falas diretas para a câmera, dublagem, interlúdios musicais e o uso de atores adultos para interpretar crianças. Embora celebrado por sua criatividade como roteirista e jornalista, o trabalho e a vida pessoal de Potter não foram isentos de controvérsias, e vários de seus roteiros foram proibidos pela BBC por décadas.

Ao longo da carreira, Lloyd apresentou imagens estáticas e em movimento em arranjos precisos de equipamentos de vídeo que habitam os espaços circundantes como esculturas, conectando uma dimensão física ao ato de olhar. Em Very High Frequency, a instalação de Lloyd se inspira em bastidores, cenários de teatro e estúdios de televisão. Na tentativa de evitar abordagens convencionais de dramaturgia e performance, os filmes que ela apresenta resistem às noções padrão de narração. Em vez disso, a instalação de Lloyd funciona como um quadro mutável a ser encontrado, colocando o público em uma experiência coreografada que se desenvolve a partir de muitas pessoas, narrativas, imagens e locais com os quais o artista se envolveu ao longo da criação da exposição.