Vista da instalação de Ana Rorras – Imagem / Divulgação
A mostra “Um emaranhado de ruínas ao revés” reúne cinco artistas visuais brasileiros que utilizam como matéria-prima elementos de uso comum e descartados no cotidiano. Como num desejo de conferir sentido aos fragmentos do mundo, a mostra reúne trabalhos de Ana Raylander Mártis dos Anjos, Ana Rorras, Loren Minzú, Marcelo Venzon e rafael amorim. Estarão lá obras tridimensionais criadas a partir de restos de objetos que perderam sua função original e que, reconfigurados, ganharam novas formas e sentidos a partir da intervenção poética dos artistas. Cada participante preparou também especialmente um trabalho inédito para a exposição. Selecionada no Edital Sesc Pulsar, a mostra vai de 12 de julho a 12 de outubro de 2025, na galeria do Sesc São João de Meriti, com entrada franca.
A exposição é um convite para olharmos de forma nova para o que consideramos descartável, precário, compreendendo suas potencialidades e beleza. Os belos trabalhos de Ana Rorras e rafael amorim, por exemplo, são elaborados a partir de materiais encontrados em ruínas da arquitetura urbana. Ana recolhe fragmentos de antigas construções, articulando-os com plantas que crescem durante o período expositivo. Amorim, por sua parte, parte do colecionismo, recolhendo materiais encontrados na rua. As esculturas de Loren Minzú se sustentam em equilíbrios delicados, ameaçando ruir a qualquer lufada de vento, fenômeno que, por sua vez, é protagonista do seu trabalho em vídeo. As Fôrmas de Marcelo Venzon se inspiram em elementos reais da arquitetura de pontes, viadutos e edifícios. Já Ana Raylander Mártis dos Anjos, artista confirmada na 36ª Bienal de São Paulo, debruça-se sobre a violência das estruturas sociais, revisitando memórias individuais e coletivas, dialogando com imagens, canções e gestos de nossa cultura.
Segundo os idealizadores da mostra, “Um emaranhado de ruínas ao revés” aponta para diferentes abordagens do campo artístico. “Vamos apresentar um verdadeiro emaranhado transcultural de poéticas, espaços, narrativas, experiências, materialidades e subjetividades que convivem em um mesmo espaço, constituindo uma experiência sensorial única”, comenta André Torres, articulador da exposição. Torres, que acompanhou de maneira crítica o desenvolvimento dos trabalhos inéditos, assina o texto da exposição e mais um ensaio para o catálogo, que será lançado durante a mostra. A publicação, além de imagens dos trabalhos e da montagem, também contará com texto de Julia Baker. A distribuição será gratuita e o material também estará disponível para download. Outra característica da iniciativa foi a escolha de artistas que têm em comum uma percepção apurada das estruturas e formas que nos rodeiam no cotidiano. Nesse sentido, a exposição convoca o corpo a estar presente no espaço, já que as obras expandem o limite bidimensional das telas.
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