A obra de Felipa Queiroz explora as possibilidades da pintura no campo instalativo, concebendo a tela como um corpo, em vez de uma janela. Chassis, estruturas e materiais de qualidade industrial se anunciam entre as obras em pé de igualdade com as imagens que preenchem as superfícies das telas. Assim, Felipa expande o plano narrativo de suas fantasias quiméricas ao “pintar-ocupar o espaço”. Em Ultranírico, a artista desenvolve uma figuração que dialoga com mitologias e fábulas, incorporando o humor como um elemento que permeia as diversas camadas da exposição, e o ornamento que adiciona complexidade e densidade ao universo borrado de figuração e abstração que constrói.
Ultranírico edifica a particularidade do caráter de Felipa na pintura por meio da composição de manchas, gestos pictóricos expressivos e imagens mais identificáveis dentro do nosso repertório visual. A exposição convida o espectador a adentrar um espaço onde o fantástico e o simbólico se encontram, e onde as materialidades da pintura e suas formas se somam às histórias que contam.
A exposiçao tem texto curatorial de Lucas Albuquerque, e abre no dia 20.09, sexta-feira, às 18h, na Asfalto, Rua Pedro Ernesto, 34, Gamboa, Rio de Janeiro. A visitação tem entrada gratuita.
Ao longo de sua trajetória, Felipa participou e organizou diversas exposições coletivas, como Resto/Ruído/Futura/ Jogo no Memorial do Rio Grande do Sul, Hora Grande na SP-Arte 2022, Repângalo no LINHA e Iconocrise na Galeria Ista. Entre suas exposições individuais, destacam-se macrodrama na Sala Branca, Dinofilia no lEAVI, Antropotráxico no LINHA, Teoria da fumaça na Fundação Força e Luz (2021) e sua mais recente mostra, Bocadelobo no espaço 25m. Atualmente, continua com sua pesquisa em pintura contemporânea, montagem expográfica e cultura visual no ateliê compartilhado e espaço expositivo Totó, do qual é cofundadora.
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