O C.A.M.A. [Colaboração entre Agentes do Mercado de Arte], inaugura as exposições Plástico-Bolha, A Infamiliaridade das Coisas e Presente.
A Casanova apresenta a coletiva Plástico-Bolha, com obras dos artistas Akauã Kamaiura, Adriano Casanova, Julia Pereira, Juliana Freire, Laerte Ramos, Lia Chaia, Luiz Martins, Massuelen Cristina, Raphael Escobar, Renata Padovan, Renato Dib, Simone Floot, Vinicius Monte, Vivi Rosa e Yan Boechat, e conta com a organização de Juliana Freire e Adriano Casanova. Plástico-bolha fala de impermanência e movimento como lugar seguro. De uma instabilidade protegida, a transição ou o deslocamento como potencializador do sensível. Sem mudança há a estagnação, força contrária à expansão ou ampliação do olhar, do ser, do fazer. Recalcular a rota é um gesto magistral em qualquer processo de transformação e a arte é um sábio diário de bordo ou destino-deriva. A expressão artística não existe sem um redirecionamento do pensar. Estar aberto para que o caminhar seja maior que o caminho. Na trajetória da vida é a liberdade de nos mover ou a capacidade de flexibilizar que nos faz criativos. As obras apresentadas na mostra e a concepção expográfica tratam desta espacialidade. Chão é um lugar essencialmente simbólico.
Já A infamiliaridade das coisas, apresentada pela Kubik Gallery, é a primeira exposição individual de Diogo Bolota em São Paulo. Tendo crescido nas imediações de Lisboa, quando chegou pela primeira vez ao Brasil, em 2019, o artista deparou-se com um contexto completamente diferente do habitual. Intrigado pela forma como a cidade absorve a natureza, o artista constituiu um corpo de trabalho que reflete sobre o conceito de “Uncanny”, de Sigmund Freud, acoplando objetos inusitados na paisagem. O desafio à nossa leitura é o mesmo que o “observar” do conflito da natureza face ao construído civilizacional.
E a 55SP apresenta uma seleção de edições, com destaque ao mais recente lançamento Presente de Luiz Roque. Em seu filme Ancestral (2016) somos transportados através da sonoridade e paisagens ao longínquo Pantanal brasileiro, em uma área que parece completamente alheia ao desgaste ecológico que nos assola e culmina no Antropoceno e que nada mais representa do que o início do fim do mundo, como bem alerta Krenak – ambientalista e ativista pelos direitos indígenas – nesse espaço intacto que protagoniza o misterioso tamanduá, com sua imponência quase quimérica. O arranjo sonoro traz tensão, uma ambígua sensação de medo e admiração é provocada enquanto assistimos a íntima relação do animal com a terra e a simbiose ao levar camuflado seu filhote, um gesto de ensinamento síncrono de preservação da biodiversidade e amor. Luiz convida o espectador a admirar a soberania da natureza e vislumbrar possíveis futuros.
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