Como parte da exposição Le monde comme il va, a artista sul-coreana Kimsooja apresenta a intervenção To Breathe — Constellation. Sua obra monumental e imaterial na Rotunda da Bolsa de Comércio consiste em um imenso espelho cobrindo o chão, que inverte toda a arquitetura e, com ela, a ordem do mundo, fazendo com que o céu se abra sob nossos pés no centro do edifício. Além disso, Kimsooja ocupa as 24 vitrines do Passage e o nível inferior do museu com obras e instalações de vídeo sobre temas como identidade, fronteira, memória, exílio, deslocamento e tecelagem.
“Eu quero criar obras que sejam como água e ar, que não podem ser possuídas, mas podem ser compartilhadas com todos”, diz Kimsooja, cuja obra, desde o final dos anos 1970, tem sido uma experiência essencial e universal na cena internacional de arte. Após estudar pintura em Seul, ela se afasta de qualquer ensino e prática artística convencional para explorar, através dos gestos da vida cotidiana, questões de identidade, compromisso, memória individual e coletiva e o lugar do indivíduo no mundo. Em sua performance famosa em 1997, ela atravessa a Coreia por onze dias, montada em um caminhão cheio de bottaris coloridos, balaios de tecidos cintilantes que acompanham e marcam a vida dos coreanos – casamento, nascimento e morte. Como uma artista nômade, ela usa metaforicamente seu próprio corpo, como uma presença anônima quase invisível que, por sua imobilidade e verticalidade, se inscreve como uma agulha no tecido do mundo.
O espelho que ela cobre o chão da Rotunda da Bolsa de Comércio desempenha um papel semelhante ao da agulha ou de seu próprio corpo.
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