Pela primeira vez na história da humanidade, cinco gerações coexistem no planeta. Até 2050, estima-se que a população global com mais de sessenta anos ultrapasse os dois bilhões, com uma em cada seis pessoas acima dos sessenta e cinco. Trata-se de uma mudança estrutural profunda: a transição de uma sociedade da velhice para uma sociedade da longevidade.
A República da Longevidade questiona a medicalização do envelhecimento e as desigualdades que limitam o acesso a uma vida saudável. Seus cinco Ministérios — Propósito, Igualdade do Sono, Democracia Alimentar, Liberdade Física e Convivência — destacam como práticas simples do cotidiano, embora muitas vezes moldadas por disparidades sistêmicas, podem se tornar instrumentos poderosos para democratizar a saúde e reduzir as disparidades no bem-estar.
Elementos interativos convidam o público a compartilhar práticas para uma vida mais saudável, criando um arquivo de sabedoria coletiva. Trata-se de um manifesto que mostra como as ferramentas mais eficazes para alcançar a longevidade saudável são, muitas vezes, aquelas que parecem mais acessíveis — embora fortemente influenciadas pelo contexto em que se inserem.
No centro da exposição está a ambição de transformar a longevidade saudável em um objetivo legislativo. Em vez de oferecer soluções definitivas, a mostra busca questionar o status quo e inspirar uma nova forma de imaginar a sociedade — uma sociedade que transforme sua maior conquista, a vida longa, em uma oportunidade concreta, e não em um dos seus maiores desafios.