Ione Saldanha, Sem título, da série Cidades, 1962. Foto: Edouard Fraipont
A Flexa, em parceria com a Claraboia, abre sua primeira exposição em São Paulo, Construção no Vento, no dia 16 de agosto. Com curadoria de Luisa Duarte, expografia de Daniela Thomas e texto de Julia de Souza, a mostra acontecerá na Claraboia.
Em ensaio ao redor de Mira Schendel, Nuno Ramos associa a obra da artista ao que nomeia “construção no vento”. A coletiva toma o paradoxo do título enquanto imagem propulsora, fazendo-a ressoar em três eixos: Gestos mínimos, Ativar o vazio e Paisagens rarefeitas.
Se características da produção de Schendel surgem aqui como bússola central, o modo como Leonilson abordava os vazios comparece como um vetor importante. Em um gesto que caminha na via oposta da assepsia vinculada ao monocromo branco na história da arte, o artista inseriu a dimensão do desejo através das suas inscrições plenas de poesia.
Ao conferir ênfase ao vazio, àquilo que se dá no limiar da visibilidade e ao campo de desejo, busca-se instaurar um contrapeso em meio à tamanha captura que conforma a atenção, a experiência do tempo e da subjetividade hoje.
Construção no vento permanece em cartaz até 4 de outubro.
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