Meia tem sua prática fundamentada em uma longa pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. As paisagens de Meia começam a ser elaboradas pelo transito do artista, seja por seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos equipam o artista com material para a elaboração de suas pinturas. Na rua, ele identifica, seleciona e recolhe elementos com potencial construtivo; dos afetos ele ganha elementos que carregam qualidades tônicas e simbólicas.
Suas composições, assim, baseiam-se em grades (grids) que se despregam da racionalidade, da ordem e da neutralidade, para desenvolver-se a partir de subjetividades contextuais, da fragmentação de histórias e pelo hibridismo. Embora suas construções se baseiem em colagens de matérias de diferentes valores intrínsecos, sua prática inclui técnicas e materiais clássicos e nobres da pintura, como a encaustica, a tinta a óleo, o bastão oleoso e o carvão. Essas matérias convivem com colagens de diferentes papéis, couros, tecidos, pedaços de toalha de banho, tinta epóxi, restos de ferragens e feltros, todos em busca da elaboração pictórica.
Os temas de suas pinturas aproximam essa miríade de elementos na representação de horizontes estruturados por estradas. Essas trilhas refletem o percurso do observador em busca das múltiplas histórias que compõe suas cenas.
© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0
Desenvolvido por heyo.com.br