Figura central do modernismo brasileiro, Tarsila do Amaral (1886-1973) é a criadora de uma obra original e evocativa, que se inspira nos imaginários indígena, popular e moderno de um país em plena transformação.
Em Paris, nos anos 1920, ela submete seu universo iconográfico ao cubismo e ao primitivismo, antes de iniciar, em São Paulo, o movimento “antropofágico”, que defende a “deglutição” das culturas estrangeiras e colonizadoras pelos brasileiros, como forma simultânea de assimilação e resistência.
Seus paisagens de cores vibrantes dão lugar a visões insólitas e fascinantes, até que uma dimensão mais abertamente política surge em suas telas nos anos 1930. O gigantismo onírico e a geometria quase abstrata de suas últimas composições apenas confirmam a força de uma obra enraizada em seu tempo e sempre disposta a se renovar.
Esta retrospectiva busca suprir a falta de reconhecimento da artista na Europa e apresentar alguns aspectos inéditos de sua obra. Ela nos convida ao coração do Brasil moderno e de suas tensões entre tradição e vanguarda, entre centros e periferias, entre culturas eruditas e populares.
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