Poliakoff concebia a arte como um mundo de Deus. Ele se mudou para a França há 100 anos, em 1923, e passou a maior parte de sua vida lá. O artista refletiu certa vez: “Se eu não tivesse vindo para Paris, talvez eu não fosse pintor.” Kandinsky, também da Rússia, reconheceu o talento de Poliakoff e recomendou seu trabalho a galeristas. Em 1962, Poliakoff representou a França na Bienal de Veneza.
Ele era um artista contemplativo. Três influências principais deixaram um impacto duradouro sobre ele: a arte bizantina, a pintura italiana da época de Giotto e os ícones russos. “Quando criança, fiquei impressionado com a beleza dos ícones nas igrejas russas, e essa impressão ficou comigo. Guardei traços disso na minha arte”, lembrou o pintor.
Para Poliakoff, criar uma pintura era um processo de busca por harmonia, combinando formas e técnicas. Ele queria “seguir os Velhos Mestres” e muitas vezes ia ao Louvre, onde levava seu filho Alexis. Quais pinturas eles observavam? Alexis se lembra de A Coroação da Virgem, de Fra Angelico, e A Batalha de San Romano, de Paolo Uccello. Ao estudar São Francisco de Assis, de Giotto, Poliakoff se interessava pelas vestes do papa adormecido. Todas essas obras tratavam de problemas relacionados à fronteira entre a imagem e o fundo e à textura da superfície pintada.
— Dr. Dimitri Ozerkov
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