Para Ruth Asawa (1926–2013), o desenho serviu como um centro de gravidade – a atividade que ela descreveu como seu “maior prazer e o mais difícil”. Embora agora amplamente reconhecida por suas esculturas em arame, Asawa desenhava diariamente. Sua abordagem exploratória de materiais, linha, superfície e espaço resultou em uma impressionante variedade de desenhos que falam de sua curiosidade brincalhona e destreza técnica, bem como de seu interesse nas possibilidades estéticas do cotidiano.
Desde sua criação na fazenda de sua família no sul da Califórnia, onde Asawa desenhava de forma sonhadora traços ao longo das estradas de terra entre as tarefas diárias e frequentava aulas de caligrafia semanais, o desenho se tornou a base de sua vida criativa. Quando sua família foi forçada a deixar sua casa em 1942 como parte das políticas de isolamento do governo dos EUA em relação aos japoneses-americanos durante a Segunda Guerra Mundial, a adolescente Asawa encontrou salvação nos artistas que se ensinavam e apoiavam nos campos de internamento. Nos anos seguintes, como estudante no progressista Black Mountain College e ao longo de seis décadas em São Francisco, Asawa manteve a crença no poder da arte para construir um futuro melhor. Essa ética orientou seu trabalho como educadora, líder comunitária e artista.
Esta exposição destaca o desenho como fio condutor no trabalho de Asawa. Organizada tematicamente e inspirada em sua abordagem curiosa para a criação artística, a apresentação compreende mais de cem obras, muitas das quais nunca foram expostas. Juntas, elas capturam a energia inesgotável e o espírito generoso de Asawa, que acreditava que “a arte não é uma série de técnicas, mas uma abordagem para aprender, questionar e compartilhar”.
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