Robert Frank é mais conhecido por suas imagens de uma América do pós-guerra marcada por discórdia social e política, e pelos filmes que fez com os poetas da Geração Beat e os Rolling Stones. Assim, as imagens filmadas encontradas apenas após a morte de Frank em 2019 podem surpreender alguns espectadores. Armazenadas em locais de depósito, essas latas e fitas de filme, que abrangem os anos de 1970 a 2006, oferecem um vislumbre da vida e do trabalho do artista. Em parceria com a June Leaf e a Robert Frank Foundation, a editora de filmes de longa data de Frank, Laura Israel, e o diretor de arte Alex Bingham utilizaram esses fragmentos para criar um álbum de imagens em movimento. Com projeções em várias telas, a instalação transmite a intimidade e a imediata percepção das observações de Frank sobre família, amigos e colaboradores, bem como sobre interiores domésticos e vistas de cidades e costas.
As filmagens nesta instalação, costuradas por Israel e Bingham para evocar seu olhar e voz inquietos, lançam uma nova luz sobre seu processo artístico — ao mesmo tempo cômico e melancólico. Vemos Frank viajar entre suas casas em Nova York e Nova Escócia; pelas estradas abertas dos Estados Unidos e do Canadá; e por paisagens urbanas, incluindo as de Beirute, Cairo, Moscovo e sua Suíça natal. Frank torna os prazeres mais efêmeros atemporais: um banho quente e uma chaleira fumegante, um vislumbre de sua esposa June Leaf em seu estúdio, o jogo de luz do sol em sua mão.
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