Luciana Brito Galeria apresenta “Always Sometimes” [sempre às vezes], a primeira exposição do artista visual Rob Wynne no Brasil. Conhecido mundialmente por sua pesquisa que combina a complexidade da semântica com a maleabilidade do vidro, o artista norte-americano traz para o Brasil um conjunto de 14 obras inéditas, que demonstram, sobretudo, a essência poética de sua obra, construída ao longo de mais de 50 anos de carreira. A mostra conta com a colaboração do consultor de arte e fundador da Kreëmart, Raphael Castoriano.
Principal componente de “Always Sometimes”, o vidro tem sido utilizado por Rob Wynne como um fio condutor para explorar as facetas da linguagem e da abstração. Ao longo dos 30 anos trabalhando com esse material, o artista foi adentrando caminhos mais livres e espontâneos, possibilitando cada vez mais quebrar as regras e tradições que envolvem a produção em vidro. Para o artista, esses processos são os grandes protagonistas, já que organicamente ditam a direção das formas, sejam elas abstratas ou não. Como em alguns trabalhos da exposição, as obras “Phantom” (2024), “DayDream” (2023) e “Outlook”(2023) demonstram como as gotas de vidro derramado tomam forma, para então serem combinadas no espaço em sedutoras e cintilantes explosões cósmicas.
O equilíbrio, ou desequilíbrio, da linguagem é interessante para Rob Wynne. A sutileza de posicionar “Sometimes” [às vezes] após a palavra “Always” [sempre], no título da mostra, leva-nos a ponderar ambas, separadamente. Da mesma forma, o artista coloca-se atento ao seu próprio contexto e a cultura pop para extrair fragmentos das conversas, literatura, teatro, cinema etc, e combiná-los em sintaxes visuais, a exemplo das obras “Hope” (2024), “Eternity”(2023) e “Joy!” (2024). Assim, “Always sometimes” também foi concebida como uma construção linguística. As palavras, que numa tradução livre significam esperança, eternidade e alegria, são posicionadas juntamente às explosões cósmicas das obras, que também seguem ao lado de pontos de exclamação, formado pelas obras “Pink Exclamation”(2024), “Exclamation” (2024). Finalizando, com o trabalho “I do!” (2023).
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