Com uma produção baseada em uma potente assinatura cromática, a artista visual Renata Egreja inaugura sua exposição individual Nem toda rosa é rosa na Galeria Cássia Bomeny. Em suas pinturas, o vocabulário de formas e gestos tem constância. Seus trabalhos partem de uma pesquisa que se debruça há anos sobre as questões de gênero. Utilizando a natureza morta como fio condutor, a exposição parte de uma das simbologias mais associadas a imagem da mulher: a rosa. Partindo desse pressuposto, Egreja confabula, escancara e provoca o público à reflexão sobre este ícone. “O que se tem aqui é, de fato, uma artista que reivindica seu lugar e o faz por meio de iconografias circunscritas ao feminino, a fim de esgarçar os limites deste adjetivo no campo pictórico”, comenta Paula Borghi, curadora da exposição. Além de oferecer ao público carioca a experiência da cor em pinturas de grande escala, a mostra destaca também a poética da artista com uma proporção maior do que apenas visual. “Para além das questões formais, podemos ver, inserida numa produção artística contemporânea, atualizações de questões de gênero. Mais do que nunca, é preciso rever o lugar que a obra de uma artista mulher ocupa dentro do sistema da arte, que historicamente teve seu protagonismo renegado”, destaca a galerista.
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