“Remo Salvadori” no Palazzo Reale

Imagem: Reprodução / Divulgação

O Palazzo Reale apresenta Remo Salvadori, a mais ampla exposição individual dedicada a um dos artistas mais relevantes da cena contemporânea italiana. O projeto se articula como um percurso expositivo expandido, concebido para conduzir o público pela poética de Remo Salvadori (Cerreto Guidi, Florença, 1947), e se desenvolve como um relato em vários capítulos que atravessa tempo e espaço, envolvendo três espaços de grande valor histórico e simbólico: o Palazzo Reale, o Museo del Novecento e a Igreja de San Gottardo in Corte (parte do percurso de visita do Museu do Duomo de Milão).

A partir de quarta-feira, 2 de julho de 2025, em antecipação à mostra, obras de Salvadori serão instaladas na Sala do Pequeno Lucernário e na Sala das Cariátides do Palazzo Reale. Na mesma data, o Museo del Novecento apresentará a obra site-specific Alveare, 1996 (2025), que passará a integrar a coleção permanente do museu.

A exposição Remo Salvadori será aberta ao público na terça-feira, 16 de julho, ocupando o primeiro andar do Palazzo Reale, com visitação gratuita até 14 de setembro. A montagem alterna núcleos temáticos e focos dedicados a obras específicas, destacando sua força estética, emocional e energética.

O percurso se afasta do conceito tradicional de mostra monográfica e cronológica, pois foi concebido pelo artista em colaboração com as curadoras de forma que cada elemento esteja em constante relação com a obra, com a presença do visitante e com o espaço que a acolhe. A pesquisa de Salvadori baseia-se em uma reflexão contínua sobre a matéria e a energia que a atravessa, adotando uma abordagem que integra ciência, filosofia e espiritualidade.

Um capítulo adicional se desdobra com a intervenção pensada pelo artista na Igreja de San Gottardo in Corte, parte integrante do Museu do Duomo: de 19 de julho a 31 de agosto de 2025, a obra 10 frecce nei colori di minerali, 1969–1970, entra em ressonância com a arquitetura sacra, oferecendo uma experiência contemplativa fora do espaço museológico, graças à acolhida da Veneranda Fabbrica del Duomo di Milano.

O projeto como um todo reúne um conjunto de mais de 50 obras emblemáticas realizadas pelo artista entre 1969 e os dias atuais.