Divulgação / Galeria Luisa Strina
Uma imagem é uma imagem, assim como um objeto é um objeto. Mas onde se encerra a substância de uma imagem? No próprio objeto físico ou na sua representação? E como podemos nos comunicar com o espírito da imagem? Essas indagações estruturam a segunda exposição individual de Gabriel Sierra na Galeria Luisa Strina, um projeto que se desdobra entre objetos, filmes e imagens para questionar a criação e a persistência dos códigos visuais.
O artista propõe uma reflexão sobre a essência das imagens e sua relação com a materialidade. Por que criamos imagens e coisas? Qual a natureza da permanência das imagens no mundo, na arte e na memória? Sierra não busca respostas definitivas, mas tensiona as camadas que constituem o visível, explorando as formas com que o olhar e a imaginação moldam nossa percepção do real.
A mostra apresenta um conjunto de obras inéditas em que a percepção do mundo físico se entrelaça com a abstração da imaginação, o que remete ao surgimento de ideias, à experiência dos sonhos, à apreensão do intangível e às emoções. O título da exposição, “Recalque”, remete a diferentes significados: em espanhol, a repetição enfática de palavras; em português, um fenômeno estrutural de acomodação do solo; e, na psicanálise freudiana, um mecanismo de repressão do inconsciente.
A imagem de um objeto não está apenas no objeto, mas também na mente que o observa. As coisas existem independentemente de nós, mas nossa percepção delas é moldada pela subjetividade. Sierra nos leva a pensar na possibilidade de ver o mundo como ele é e, ao mesmo tempo, como ele poderia ser.
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