A galeria Projeto Vênus entra em uma nova fase neste 2025 e passa a se chamar Sardenberg — nome de seu fundador, o curador Ricardo Sardenberg. A estreia oficial será em 18 de janeiro, quando o espaço inaugura as duas primeiras exposições do ano: Ponto Chic, uma coletiva com curadoria de Felipe Barsuglia, e I ai, chic, instalação da artista Keila Alaver.
“Esses três anos e meio de existência contínua do Projeto Vênus foram um período de experimentação e formação da galeria”, analisa o curador e fundador do espaço. “Agora o nome Sardenberg vem quase como uma assinatura, revelando a pessoa por trás deste projeto. E é a primeira vez nestes meus quase 30 anos de carreira que dou meu próprio nome a uma empreitada deste tamanho.”
Para coroar a nova fase da galeria, Sardenberg também opera uma mudança na carreira e deixa o cargo de VIP Representative no Brasil da Art Basel, a mais importante feira de arte do mundo, após 14 anos. “Agora, vou ficar 100% dedicado à galeria”, diz.
Curiosamente, as duas exposições que marcam a estreia da nova fase da galeria não trazem artistas de seu time: a coletiva Ponto Chic e I aí, chic, individual de Keila Alaver, representada pela Vermelho, também de São Paulo.
A exposição inaugural da galeria Sardenberg apresenta uma seleção de obras de 11 jovens artistas sem representação comercial, sob a curadoria de Felipe Barsuglia. O grupo explora temas e linguagens que dialogam com a contemporaneidade. São eles Bruno Moutinho, Clarice Lacerda, Flavushh, Ivo Puiupo, João Justo, Miguel Nassif, Ottavia Delfanti, Pedro Jorge, Sofia Nehring, Waldomiro Mugrelise e Zoé Passos.
Com cerca de 25 anos de carreira, Keila Alaver é uma das artistas mais pertinentes de sua geração. Em I ai, chic, ela apresenta uma extensão do projeto I AI, realizado de 2023 até meados de 2024 na galeria Vermelho: uma instalação que se assemelha a um salão de cabeleireiros. Tendo como fio condutor nesse trabalho o cabelo, a artista usa objetos e elementos para emular o salão e convida o público a participar da ação e desfrutar do local, oferecendo cortes de cabelo e muita fofoca.
Ricardo Sardenberg diz que é comum que galerias façam suas inaugurações com coletivas que exibam o trabalho dos artistas que representa, mas que considera importante abrir neste caminho inverso, com nomes de fora. “É um movimento que mostra a vitalidade da cena artística de uma cidade como São Paulo e que continuamos abertos, recebendo essa oxigenação com artistas incríveis que estão aí, mas que ainda não participam tão diretamente do mercado”.
Sobre a parceria com a Vermelho na individual de Alaver, o galerista diz que é um movimento que sempre fez e que espera fazer ainda mais na Sardenberg. “Abriram mais galerias em São Paulo nos últimos quatro anos do que nos últimos 20. Isso não é sustentável. Acredito que a melhor forma de tornar isso sustentável é com essas redes de relacionamento e de trocas”, diz. Para ele, essas trocas permitem criar um novo contexto para a obra de um artista, o que é interessante não só para quem criou a obra, como para as galerias e o próprio sistema.
Depois destas mostras inaugurais, a Sardenberg segue com sua programação normal de experimentação e diálogo com seu time. A próxima mostra é uma individual de Camile Sproesser, com abertura em março.
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