O Museu de Arte Moderna de Paris propõe redescobrir a diversidade das modernidades árabes no século XX e renovar o olhar histórico sobre cenas artísticas ainda pouco conhecidas na Europa. Através de uma seleção de mais de 200 obras, a maioria nunca antes exposta na França, a exposição Présences arabes – Art moderne et décolonisation – Paris 1908-1988 (Presenças árabes – Arte moderna e descolonização – Paris 1908-1988) destaca a relação dos artistas árabes com Paris ao longo do século XX.
A exposição explora uma outra história da Arte moderna, iluminada por numerosos arquivos sonoros e audiovisuais históricos presentes no percurso. Estruturada de forma cronológica, inicia-se em 1908, ano da chegada do poeta e artista libanês Khalil Gibran a Paris e da abertura da Escola de Belas Artes do Cairo. Conclui-se em 1988, com a primeira exposição dedicada a artistas contemporâneos árabes no Instituto do Mundo Árabe (inaugurado alguns meses antes) em Paris e com a exposição Singuliers : bruts ou naïfs, com, entre outros, a artista marroquina Chaïbia Tallal e o artista tunisiano Jaber Al-Mahjoub, apresentada no museu infantil do Museu de Arte Moderna de Paris.
Segundo Silvia Naef, historiadora de arte e uma das autoras do catálogo da exposição Présences Arabes no MAM: “Como fazer uma arte moderna e árabe? Um verdadeiro projeto estético é estabelecido ao longo do século XX: pensado tanto em ruptura com a arte acadêmica, ecoando as vanguardas ocidentais, no contexto de uma identidade nacional própria, sem voltar, no entanto, a uma arte islâmica.”
A exposição destaca mais de 130 artistas cujas obras constituem uma contribuição essencial para as vanguardas árabes e a história da arte moderna do século XX.
Também destaca o papel essencial desempenhado por Paris. Qualificada como “capital do terceiro mundo” pelo historiador Michael Goebel, a cidade é considerada desde os anos 1920 como um viveiro de redes anticoloniais e o centro das novas modernidades cosmopolitas.
O percurso da exposição é construído em torno de diferentes trajetórias de artistas que estudaram nas escolas de belas artes de seus países antes de vir estudar e se instalar em Paris para continuar sua formação. Ao longo do século XX, Paris é o lugar de acesso à modernidade, da crítica ao colonialismo e o centro de numerosos encontros. O Museu de Arte Moderna teve ele próprio um papel importante no pós-guerra através de suas exposições (Salão das Realidades Novas, Salão da Jovem Pintura, Bienal dos Jovens Artistas de Paris…) e das aquisições iniciadas a partir dos anos 1960.
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