Kika Levy, “Órbita 1”, 2023. Cortesia Janaina Torres
No dia 24 de maio, das 11h às 15h, a Janaina Torres Galeria realiza, em seu espaço, a vernissage da coletiva Prata, papel, tesoura. A exposição reúne trabalhos de 16 artistas ,de diferentes nacionalidades – brasileiros, austríaco e portuguesa -, entre representados pela galeria (Caio Pacela, Feco Hamburger, Kika Levy) e convidados (Alex Červený, Anônimo, Athos Bulcão, Bárbara Paz, João Zocchio, Julio Villani, Leda Catunda, Lourdes Castro, Luciana Maia Rosa, Marina Sheetikoff, Paola Junqueira, Peter Handke e Renata Siqueira Bueno).
Inspirada na lógica circular presente na brincadeira infantil, a exposição Prata, papel, tesoura propõe um novo jogo — sem vencedores, nem regras fixas. Aqui, a prata ocupa o lugar da pedra, e o rigor das disputas cede espaço ao fluxo livre da imaginação, do afeto, do diálogo e do fascínio pelo encontro.
Obedecendo o conceito da circularidade, as obras, em sua maioria inéditas, selecionadas pela artista, fotógrafa e curadora Renata Siqueira Bueno criam uma dança sutil e atemporal, conduzida pela memória, pela emoção e pelas associações espontâneas entre materiais e poéticas. O protagonismo, em termos de suporte, recai sobre o papel — seja em fotografia, colagem, gravura, monotipia ou desenho — como superfície sensível e plural, que acolhe gestos diversos e revela afinidades inesperadas. Entre os destaques, a série Voláteis , de Julio Villani, que estará posicionada no centro da exposição, assemelhando-se a um móbile, destacando o aspecto do movimento, ponto fundamental para os processos inter-relacionais.
A proposta é que as obras sustentem um campo aberto ao diálogo, onde emergem aproximações: formas, gestos e suportes se entrelaçam em ritmos próprios, traçando caminhos que escapam ao tempo linear e às categorias fixas. Para isso, a expografia cria uma ambientação intimista, convidado à apreciação em um tempo dilatado, que permite a percepção do sutil.
Outro ponto de conexão entre as obras é a apresentação em pequenos formatos, conferindo o caráter de preciosidade, memória e afetividade, como é o caso do álbum de fotografias de cenas cotidianas, em preto e branco, datado do início do século XX e de autor anônimo.
Em última instância, a exposição convida o público para um experiência intimista, ao adentrar a esse campo do jogo a partir do afeto, onde o olhar não procura vencer, mas se conectar.
“A exposição propõe uma experiência despida de conceitos rígidos no tocante à fruição da arte contemporânea. O convite é para a apreciação da arte em um tempo mais dilatado, para assim adentrar esse universo mais intimista e observar o que eu chamo de “pequenos- grandes” formatos . Abrir esse tempo na correria da vida diária, para sentar, folhear, permitir-se esse tempo de fruição.A substância da mostra é o diálogo entre as obras (e suas materialidades), a partir da circularidade e do afeto, desaguando na possibilidade do novo e do mutável. A coletiva traz essa proposta de um olhar aberto, para que cada obra (assim como cada ser humano), constitua-se a partir da relação com o outro. Transformação, humanidade e preciosidade são aqui as palavras de ordem.” Complementa a galerista Janaina Torres.
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