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“Philippe Perrot” no Musée d’Art Moderne de Paris

4 abril -10:00 até 2 novembro -18:00

Philippe Perrot, Sem título, 2005. Crédito: Aurélie Dupuis/Azentis Technology

Nascido em 1967, Philippe Perrot cresceu na periferia de Paris. Aos quinze anos, descobriu a literatura francesa do pós-guerra e mergulhou nos escritos de Antonin Artaud. Apaixonou-se por Pier Paolo Pasolini e pela Nova Vaga italiana, ingressando em uma escola de cinema. Por meio de vídeos curtos, o artista começou a explorar o universo familiar e as feridas de sua infância. A partir dos anos 1990, abandonou o cinema para se dedicar, como autodidata, à pintura — sem, no entanto, abrir mão dos temas centrais que atravessam toda a sua obra. Perrot faleceu em 2015, aos 48 anos, em decorrência de uma longa doença.

A pintura de Philippe Perrot dá corpo ao sonho e ao inconsciente. Em suas telas, personagens flutuantes e debilitados encenam dramas íntimos orbitando figuras tutelares como o pai ou a mãe. Seus quadros são representações de estados de alma, visões complexas oriundas de alucinações cotidianas e segredos de família reprimidos. Esses traumas, porém, são suavizados pela constante intrusão de elementos burlescos inspirados no universo dos desenhos animados, que, segundo o próprio artista, aproximam a figuração de “uma piada de mau gosto”. Embora os títulos ofereçam algumas pistas para a compreensão das imagens, as narrativas permanecem, em geral, desconcertantes e enigmáticas.

Pintadas a óleo sobre telas preparadas com pigmento amarelo ocre, suas obras se caracterizam pela justaposição de vários micro-relatos em uma mesma composição.

À semelhança de planos-sequência no cinema, as imagens se encadeiam em narrativas que o espectador pode livremente interpretar. A iconografia violenta é acentuada por cores berrantes, muitas vezes misturadas com desinfetantes farmacêuticos como betadina e eosina. A perturbação da perspectiva, assim como a superposição de cenas e elementos díspares, intensificam as tensões expressas nas obras e dificultam sua leitura linear.

Artista discreto, na contramão do mercado da arte contemporânea, Philippe Perrot produziu pouco — cerca de três a quatro pinturas por ano. Seu corpo de trabalho se limita a 130 telas e aproximadamente o mesmo número de desenhos em toda a sua carreira. Graças a uma generosa doação, seis obras do artista passaram a integrar, em 2019, as coleções do museu. Esta apresentação é complementada por diversos empréstimos provenientes de coleções particulares.

Detalhes

Início:
4 abril -10:00
Final:
2 novembro -18:00
Categoria de Evento:
Evento Tags:
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Website:
https://www.mam.paris.fr/fr

Local

Musée d’Art Moderne de Paris
11 Av. du Président Wilson Paris
Paris, Paris França
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