Para o Musée de l’Orangerie, o artista concebe um conjunto de obras inéditas que lançam um olhar agudo e sutil sobre a série Nymphéas de Monet. Desde os anos 1980, Philippe Cognée optou pela pintura figurativa, contribuindo para sua renovação. Gradualmente, desenvolveu uma técnica que condiciona o surgimento das imagens. Embora geralmente partindo de fotografias, seu meio sempre é a pintura a cera, em que o artista derrete com um ferro de passar após isolar a camada pictórica. As formas se misturam, os contornos se desvanecem, criando efeitos de borrão ou fusão. A imagem, assim mantida à distância e distorcida, incorpora o acaso ao resultado final. A mostra traz um conjunto de pinturas inéditas, floresta, matagal e multidões que questionam tanto a percepção da paisagem quanto a pintura. Como alquimista, ele condensa a matéria, arranha, raspa, cobre novamente. As intervenções na tela, impregnadas de uma violência real e de um investimento físico do artista, contribuem para a presença da pintura, ainda mais do que para a representação dos assuntos, eles próprios impregnados de selvageria ou inquietação.
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