Em Outro Lugar, o jornalista e apresentador Pedro Andrade (Rio de Janeiro, 1979), conhecido por sua participação no Manhattan Connection e seus programas de viagens ao redor do mundo, mostra pela primeira vez seu trabalho autoral em fotografia, a que se dedica há 20 anos aproveitando suas idas a outros países e culturas. Na exposição, figuram 26 fotografias, com registros de culturas e comunidades que ainda mantêm suas tradições, apesar das pressões da globalização. Entre elas, o povo Waorani, na Amazônia equatoriana, ainda protegida do contato externo; cristãos fiéis em Lalibela, em Amhara, no norte da Etiópia; as Escaramuzas, guerreiras amazonas na costa ocidental do México; e tradicionais mezcaleros na cidade mexicana de Oaxaca. A decisão de mostrar agora suas fotografias se deve ao vasto material já reunido, com muita experiência adquirida, e o desejo de compartilhar com o público seu olhar pelas variadas culturas que registrou. “O resultado do trabalho é a interação entre meu olhar e a realidade. Minha visão daquele mundo”, comenta. “Sempre fui muito apaixonado por gente, por buscar o lado humano nas notícias. Gosto de ser um contador de histórias. Quero agora mostrar um lado mais pessoal, diferente do trabalho jornalístico”, diz. Seu interesse pelo desconhecido, por buscar realidades fora de sua zona de conforto, pessoas de diferentes etnias, religiões, culturas, o levou a viajar para locais distantes, às vezes isolados e bastante inacessíveis. Com sua Fuji XE4 na mão, em grande parte com uma lente de 35mm, sua favorita, Pedro Andrade percorreu lugarejos no continente americano e na África, fazendo fotografias sempre em p&b, impressas sobre papel Hahnemuhle Photo Rag Satin, em edições limitadas. Na exposição, estarão fotografias feitas em comunidades que ainda mantêm suas tradições, apesar das pressões da globalização. Entre elas, o povo Waorani, na Amazônia equatoriana, ainda protegida do contato externo; cristãos fieis em Lalibela, em Amhara, no norte da Etiópia; as Escaramuzas, guerreiras amazonas na costa ocidental do México; e os tradicionais mezcaleros na cidade mexicana de Oaxaca. Pedro Andrade se considera um “fotógrafo de rua”, e não busca fotos posadas ou ensaiadas. Gosta de “capturar o registro, cristalizar o momento”. Tem um grande interesse pela cultura latino-americana, multifacetada, e por grupos, tradições, cosmogonias em risco de desaparecimento, “tragadas cada vez mais por um mundo globalizado, onde se usa as mesmas roupas, se come as mesmas comidas. Tenho medo de que esta memória se perca com rapidez“. Ele procura “proteger essa memória, eternizar o que estou vendo”.
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