Yan Copelli, “Oh,holihole” (detalhe), 2025. Foto: EstudioEmObra
O artista Yan Copelli inaugura Oh,holihole em 25 de setembro, na galeria Sardenberg, na Travessa Dona Paula, em São Paulo. Na exposição, sua terceira individual no espaço, Copelli apresenta um novo conjunto de esculturas e pinturas em que o artista explora materialidades, improviso e narrativas visuais que transitam entre o sagrado, o lúdico e o cotidiano. A curadoria é de Ricardo Sardenberg.
A mostra concentra-se principalmente em esculturas em bronze e cerâmica —algumas mesclam os dois materiais— e entre pinturas que funcionam como pontos de respiro ao longo do percurso expositivo. As obras compartilham uma paleta cromática marcada por tons metálicos e terrosos, desenvolvida pelo artista a partir de experimentações com esmaltes foscos na cerâmica, em diálogo com a opacidade e os reflexos do bronze.
As esculturas apresentam formas que remetem a torres, capelas ou estruturas improvisadas, mas também evocam objetos banais —talheres, cascas de banana, restos de comida— que ganham novos sentidos no processo criativo. Entre a fragilidade aparente e a resistência das peças, há sempre uma tensão: são trabalhos que parecem estar prestes a cair, mas permanecem em pé, como em um equilíbrio instável. Essa lógica dá a sensação de um improviso ou de um castelo de cartas e reforça a dimensão tátil e experimental de seu trabalho.
As pinturas, figurativas e povoadas por flores e elementos naturais, dialogam com as esculturas ao compartilhar tonalidades e atmosferas. Se nas telas apresentadas em sua última individual, Cosmic Slop Slop, Copelli evocava o clima noturno, aqui o ambiente é de um dia nublado, com luz difusa e dourada, como um amanhecer ou um entardecer carregado de incerteza.
O título da exposição, Oh,holihole, joga ironicamente com a ideia do sagrado, abrindo espaço para ambiguidades e associações livres. Entre referências arquitetônicas, sugestões eróticas e a presença insistente de elementos que escorrem, se apoiam ou aparentam estar prestes a cair, Copelli cria um universo em que natureza, corpo humano e objetos utilitários se confundem, dissolvendo fronteiras entre o vivo e o inerte.
Com Oh,holihole, Yan Copelli aprofunda sua investigação sobre a potência plástica e simbólica da matéria, apresentando obras que oscilam entre o colapso e a sobrevivência, a ruína e a persistência.
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