Beatriz Milhazes, “tonga II”, 1994. Crédito: Sergio Guerini
A Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro, apresenta a exposição “O início do mundo”. Uma visão poética e sensível da mulher como matriz, gênese, força-motriz no mundo e no cotidiano é a ideia que agrega as 77 obras de 59 artistas mulheres, percorrendo um arco geracional de um século. Entre as artistas, estão Maria Martins (1894-1973), Lygia Pape (1927-2004), Celeida Tostes (1929-1995), Leticia Parente (1930-1991), Anna Bella Geiger (1933), Sonia Andrade (1935-2022), Regina Silveira (1939), Anna Maria Maiolino (1942), Ana Vitória Mussi (1943), Iole de Freitas (1945), Sonia Gomes (1948), Lenora de Barros (1953), Brígida Baltar (1959-2022), Beatriz Milhazes (1960), Rosângela Rennó (1962), Adriana Varejão (1964), Laura Lima (1971), Aline Motta (1974), Bárbara Wagner (1980) e Lyz Parayzo (1994). A curadoria é de Katia Maciel e Camila Perlingeiro, que selecionaram trabalhos em pintura, gravura, desenho, vídeo, fotografia, escultura e objetos. A mostra ficará em cartaz de 1º de setembro a 18 de outubro de 2025, com entrada gratuita.
O início do mundo é um convite a regressar às origens. 59 mulheres evocam o feminino como princípio criador e força de transformação. Cada imagem, cada matéria carrega em si a potência das metamorfoses cíclicas, antigas e futuras. Aqui, o começo não é um ponto fixo, mas um movimento contínuo: um mundo que se reinventa no corpo feminino, na memória e na arte.
“Essa exposição é um projeto ousado, mesmo para a Pinakotheke”, diz Camila Perlingeiro. “Reunir tantas artistas e obras com suportes tão diversos foi certamente um desafio, mas um que abraçamos com entusiasmo. Há anos pensávamos em uma mostra que envolvesse um número expressivo de artistas mulheres, e a curadoria de Katia Maciel, poeta e artista múltipla, foi a garantia de um projeto ao mesmo tempo criterioso e sensível”.
A montagem da exposição não obedece a um critério de linearidade. As aproximações são poéticas, onde obras em diferentes suportes se agrupam – como filmes junto a fotografias, ou pinturas que conversam com objetos, por exemplo. “É um percurso orgânico”, observa Camila Perlingeiro.
A primeira sala é toda em preto e branco, “porque simboliza o começo, antes da cor, antes de tudo”, explica a curadora. As outras salas são uma reunião de obras que conversam profundamente entre si e ao mesmo tempo formam uma cacofonia delicada e potente de tudo o que simboliza o início e o ciclo da vida.
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