O Dorso do Tigre, a exposição de João Trevisan na Galeria Raquel Arnaud, oferece aos espectadores uma experiência profunda e reflexiva em meio à agitação do mundo contemporâneo. Curada por Mateus Nunes, a mostra apresenta aproximadamente 40 obras inéditas, divididas em quatro grupos: Intervalos, Intersecções, Paisagens e Monocromos. Trevisan, influenciado pelo abstracionismo geométrico e considerado parte de uma nova geração de artistas minimalistas, explora espaço, luminosidade e colorimetria em sua expressiva produção pictórica.
O título enigmático, “O Dorso do Tigre”, é uma referência à obra literária de Benedito Nunes, sugerindo que todos estamos sobre o dorso de um tigre, uma metáfora da constante transformação da vida. O processo meticuloso de Trevisan, que dura cerca de três meses para cada tela, resulta em obras que desafiam a percepção com texturas profundas e velaturas cromáticas, revelando e ocultando cores em camadas sucessivas.
O artista destaca a importância do silêncio, tranquilidade e calma durante o processo criativo, influenciado por sua formação em Geografia e Direito, bem como por ensinamentos budistas. As noções de espaço, derivadas de suas experiências em Brasília e vivências de campo, permeiam seu trabalho, refletindo a essência do “caminhar para desbravar”.
A série Paisagens destaca-se como uma homenagem emocional, retratando as montanhas de Minas Gerais com um lago central. Essas obras expressam o acolhimento e a busca por serenidade após a perda do pai para a Covid-19, demonstrando a ligação profunda com a família e as viagens marcantes de sua infância.
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