NÓS — arte e ciência por mulheres apresenta a trajetória das mulheres como produtoras de conhecimento. No mês marcado pelo reconhecimento da luta e conquistas dos direitos das mulheres, a mostra exibe um panorama que valoriza a presença delas na ciência, ao mesmo tempo que dá luz à histórica invisibilização de suas atuações na sociedade. Faz isso através da apresentação de personagens, iconografia histórica e científica e, como um projeto de arte, através do trabalho de artistas contemporâneas. Contemplando cenários históricos que vão desde a sabedoria ancestral até a crescente presença feminina nas instituições científicas nos dias de hoje, a narrativa da exposição propõe tanto uma denúncia quanto uma ode à presença de mulheres nas mais diversas áreas do conhecimento. Como denúncia, a mostra considera as múltiplas camadas de opressão que atravessam e organizam uma sociedade ainda marcada pelas exclusões, mas também apresenta e valoriza, através de uma narrativa complexa e entrelaçada, que a mulher sempre foi protagonista de sua própria história. A mostra é dividida em dois núcleos temáticos, abordando diferentes áreas de atuação em que as mulheres são produtoras de conhecimento. faz um recorte e apresenta cerca de 60 cientistas de diferentes épocas e nem sempre reconhecidas por suas conquistas, como a alquimista e profetisa grega Maria; as químicas Marie e Irene Curie; a bióloga Bertha Lutz e a paleontóloga Carlotta Joaquina Maury. Entre as 19 artistas contemporâneas estão Arissana Pataxó, Berna Reale, Bruna Alcântara, Efe Godoy, Marcela Cantuaria e Paty Wolff. O primeiro núcleo, “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, retorna aos tempos medievais e destaca como a sabedoria e autonomia feminina, muitas vezes na figura de parteiras, curandeiras e benzedeiras, por exemplo, passaram a ser vistas como uma afronta à manutenção da lógica patriarcal e à sociedade da época, sendo consideradas imorais, criminosas e até mesmo bruxas. Por conta de tamanho preconceito, muitas delas foram condenadas à fogueira. Também aborda a ideia de construção social de gênero e seus impactos na produção de uma sociedade e de uma ciência majoritariamente androcêntricas, apresentando mulheres que tiveram relevância não só na produção científica como também no debate sobre igualdade e representatividade de gênero. Já o segundo núcleo, chamado “A revolução será feminista, ou não será!”, explora a contínua luta das mulheres por uma sociedade mais igualitária, em que todos tenham pleno acesso a direitos políticos, econômicos e sociais, naquela que é considerada a mais longa de todas as revoluções.
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