A galeria Verve inaugura, no dia 30 de Março, a primeira exposição individual de Daniel Acosta em sua sede no Edifício Louvre, com texto crítico da curadora Gabriela Motta. O trabalho do artista se situa na intersecção entre escultura, arquitetura e design, em diálogo com o repertório de formas da arquitetura que se relacionam com imagens da natureza. O repertório de materiais empregados pelo artista reforça este aspecto, evidenciando seu referencial aos postulados da arquitetura e do design modernista.
Para a mostra, Acosta apresenta quatro trabalhos inéditos que estabelecem um diálogo entre si e a arquitetura da galeria, sublinhando a relação entre a poética do artista e formas de representação da natureza, pautadas pelas imagens veiculadas pela cultura de massas, questão que perpassa toda a sua pesquisa artística.
Como descreve a curadora Gabriela Motta, “As obras conformam uma cena e convocam o próprio corpo do expectador para sua percepção (…) o tempo das esculturas parece suspenso enquanto o tempo do espectador a transitar entre as peças passa em alta velocidade.”
Enquanto uma das obras é esculpida, ao longo de 3 meses, em madeira maciça, os demais trabalhos da exposição são construídos a partir de recortes a laser em que cada fragmento de cor é encaixado em um minucioso quebra-cabeças. O resultado é um delicado trabalho de marchetaria que exige concentração meditativa em sua construção, relação que se reflete na experiência do expectador ao percorrer a mostra. No encontro do preciosismo de sua construção com a ambiência criada pelo diálogo entre as peças, uma “outra utopia, o encontro harmônico entre criação humana e natureza, acontece a partir do improvável e se materializa diante de nossos olhos.”, conclui a curadora acerca da exposição.
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