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“Mostre-me como ruínas fazem um lar” de Misheck Masamvu na A Gentil Carioca
2 abril - 12:00 - 18 maio - 18:00
A Gentil Carioca tem o prazer de anunciar a primeira exposição individual do artista Misheck Masamvu (1980, Zimbabwe) no Brasil. Mostre-me como ruínas fazem um lar apresenta a prática artística de Masamvu ao público brasileiro através de um conjunto de novas compreensões sobre os embates e negociações com as institucionalidades construídas pelos projetos coloniais que impactaram o Sul Global.
O artista apresenta uma série de pinturas inéditas, desenvolvidas ao longo de dois meses em residência no espaço Casa de Pedra no Rio de Janeiro. A abertura ocorre no dia 2 de abril, às 17h, na galeria A Gentil Carioca, em São Paulo. O evento também celebra a expansão do espaço da galeria e ocorre paralelamente ao evento “Travessa Aberta”.
Considerado um dos artistas contemporâneos mais significativos e pioneiros do Zimbabwe, o artista busca criar espaços e espessuras poéticas para realidades diversas em suas pinturas, conduzindo um pensamento da composição dos sujeitos políticos como ferramentas da transformação social.
As obras de “Mostre-me como ruínas fazem um lar” refletem sobre as ideias de sacrifício e de renovação no contexto do pertencimento e da autopreservação. Sugere que, ao eliminar um obstáculo, é criado espaço para que outros possam prosperar. Este processo envolve a manutenção da identidade de uma pessoa enquanto navega por ameaças que podem, com o tempo, tornar-se obsoletas. Explora a fluidez dos papéis e das relações familiares, salientando a possibilidade de substituição dos títulos e a natureza partilhada das filiações. Em última instância, defende o crescimento e a proteção, permitindo aos outros o acesso a recursos diversos, sem deixar de salvaguardar a sua própria integridade.
As pinturas de Misheck Masamvu propõem cenas, entre a figuração e abstração, realizadas a partir de sucessivas camadas de cores que expressam os processos entre a vontade reprimida de transformação e os caminhos traçados para a libertação dos sujeitos. As questões presentes em suas obras afirmam a arte como território de reflexão sobre a necessidade de mudança e renovação, e sugere que certas estruturas precisam morrer e ser deixadas de lado, para que outras possam nascer e desabrochar.