“morning to midnight” de Mason Owens na Steven Zevitas Gallery

A Steven Zevitas Gallery tem o prazer de apresentar a exposição individual de estreia de Mason Owens, “morning to midnight”. A exposição estará em exibição de 17 de maio a 6 de julho de 2024, com uma recepção de abertura na sexta-feira, 7 de junho, das 17h30 às 20h.

“morning to midnight” consiste em quinze pinturas em têmpera de ovo de escala íntima que retratam e celebram os momentos transitórios da vida. Uma quietude contemplativa emana de cada vinheta, enquanto Owens permite que o calor do sol e o brilho da lua envolvam cada cena em uma luz unificadora.

O trabalho de Owens é resolutamente contemporâneo, mas conectado à rica história do intimismo encontrada nas obras de artistas como Matisse e Bonnard. O artista pinta momentos de sua própria vida e infância de uma maneira que parece familiar e reconfortante. Usando têmpera de ovo, Owens consegue adicionar ou remover elementos de maneira rápida e lúdica enquanto tenta traduzir suas memórias e capturar a intimidade dessas experiências fugazes. Em “boy sleeping on the heating vent/remembering the old farmhouse”, o artista é visto quando criança deitada em um patamar no topo das escadas; ele está debaixo da estante onde ele e seus irmãos costumavam adormecer enquanto folheavam um livro. A antiga casa de fazenda estava velha e desde então caiu em ruínas, mas Owens cresceu sonhando em como poderia restaurá-la um dia. A luz da escada lança um feixe estreito pelo corredor e um relógio faz tique-taque no topo da estante… os pais de Owens estão na sala ao lado.

“view from my childhood window” retrata uma paisagem banhada na luz azulada e suave que vem após o anoitecer. Owens se lembra de olhar para o quintal de sua janela no andar de cima e ficar fascinado por como o espaço familiar assumia um caráter novo e misterioso à noite. O céu é composto de milhares de marcas lineares organizadas, incorporando elementos de desenho enquanto fala da energia de uma noite calma e escura. Em “breakfast with bo”, pinceladas curtas e intencionais de amarelos opacos envolvem os tons mais escuros por baixo enquanto a luz entra pela janela. Essa memória recente não é tanto narrativa quanto é experiencial – nada é extravagante ou antinatural, é simples e sinceramente poético.

Owens usa pigmentos naturais pré-moídos em sua têmpera de ovo e prepara seus painéis de madeira com gesso de giz, usando apenas materiais naturais, talvez como uma referência ao seu trabalho profissional como agricultor, jardineiro e paisagista por mais de sete anos. “morning to midnight” marca o retorno de Owens à produção artística e, em sua totalidade, é uma ode aos momentos subestimados que compõem todas as nossas vidas. Quer ele retrate uma manhã preguiçosa em um quarto banhado pelo sol, ou esteja tirando um momento para se afastar de uma reunião de verão, cada obra serve como um reconhecimento silencioso de que a beleza existe no cotidiano.