Anita Schwartz Galeria de Arte tem o prazer de convidar para a abertura, em 21 de março de 2024, às 19h, da exposição Mekong: Memórias e correntezas, com dezenove trabalhos da artista Jeane Terra, resultado de sua pesquisa no rio Mekong no sudeste asiático. A exposição ficará em cartaz até o dia 04 de maio de 2024. O texto crítico que acompanha a exposição é de Cecília Fortes, consultora artística d Anita Schwartz.
Jeane Terra tem como principal interesse em sua prática artística “as curvas da memória”, os deslocamentos forçados e o impacto nas populações da ação humana sobre o meio ambiente. Ela pesquisa locais que não existem mais, e no caso desta produção atual “lugares que podem vir a desaparecer”. “É um registro antes do fim”, diz.
A exposição reúne seus trabalhos feitos a partir de uma viagem ao Laos, Cambodja e Vietnã pelo rio Mekong, o mais extenso do sudeste asiático, e que atravessa mais três países: China, Mianmar e Tailândia. Meio de transporte, de moradia, de pesca de subsistência e ainda território de conflitos, o Mekong abriga 24 hidrelétricas. O rompimento de uma barragem no Laos, em 2018, matou mais de cem pessoas (dezenas ainda estão desaparecidas) e desalojou outras seis mil.
A fim de buscar os vestígios deste alagamento, Jeane Terra fotografou o local, e transformou as imagens em sua maior obra produzida até hoje: um painel de 7,6 metros de extensão, por 3 metros de altura. Para este painel, a artista utilizará a técnica característica que desenvolveu – a pintura seca, ou pele de tinta, com recortes que aplica sobre a tela, a partir de pigmentos e aglutinantes. Pela primeira vez ela irá usar recortes de 20cm x 20cm, e não os habituais quadrados de 1centímetro, que estão nas demais obras no piso térreo da Anita Schwartz.
“O rio Mekong é responsável por 15% do arroz e 25% da pesca produzidos no mundo”, observa Jeane Terra. As casas flutuantes, as palafitas, a pesca, o plantio do arroz e da flor de lótus, também estão nos trabalhos reunidos na exposição. “Há beleza na forma como o ser humano, entregue a sua própria condição, busca formas de sobreviver e de se relacionar com o rio. O Mekong está pedindo socorro, co grandes áreas de lixo, apesar do apelo turístico dos mercados flutuantes, mas também ali há uma certa beleza na crueza daquela realidade”, conta.
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