Para sua primeira exposição após mais de um ano de reformas, o Musée Jacquemart-André apresentará cerca de quarenta obras-primas da famosa Galeria Borghese, em Roma. Esta parceria excepcional entre as duas instituições oferecerá ao público uma oportunidade única de admirar em Paris um conjunto de obras importantes de artistas renomados dos períodos da Renascença e do Barroco, raramente emprestadas fora da Itália, como Caravaggio e Rubens, além de obras de Botticelli, Rafael, Ticiano, Veronese, Antonello da Messina e Bernini.
A Villa Borghese Pinciana, que hoje abriga a Galeria Borghese, foi construída entre 1607 e 1616 pelo poderoso Cardeal Scipione Borghese (1577–1633), sobrinho do Papa Paulo V (1550–1621). Inspirando-se nas luxuosas vilas romanas, Scipione desejava usar o palácio, cercado por jardins, para exibir suas coleções de obras antigas e pinturas e esculturas contemporâneas, evocando uma nova era de ouro. Dotado de um grande gosto pela arte, uma curiosidade insaciável e uma habilidade extraordinária para identificar obras-primas, Scipione Borghese completou sua coleção por todos os meios possíveis, legais ou não. Ele se tornou um dos maiores colecionadores e patronos de seu tempo, transformando a Villa Borghese em um verdadeiro museu antes mesmo de os museus existirem. De acordo com seus últimos desejos, todas as suas coleções e propriedades foram passadas de geração em geração por quase duzentos anos, e os herdeiros Borghese continuaram a enriquecer o patrimônio da família. No início do século XIX, várias centenas de esculturas antigas foram, no entanto, cedidas a Napoleão Bonaparte por seu cunhado, o Príncipe Camille Borghese (1775–1832); elas foram gradualmente substituídas por novas aquisições. A família Borghese acabou vendendo a villa e seu museu ao Estado italiano em 1902. A Galeria Borghese permanece um símbolo da prosperidade econômica, cultural e artística de Roma na era moderna, sendo um destino obrigatório para os visitantes da Cidade Eterna.
Graças à parceria entre o Musée Jacquemart-André e a Galeria Borghese—no contexto de uma campanha de reformas no museu de Roma no outono de 2024—, esta exposição apresentará uma seleção de obras excepcionais dessa coleção de arte, única no mundo. O público poderá (re)descobrir obras dos mestres da arte italiana dos séculos XVI e XVII (Rafael, Antonello da Messina, Parmesan, Lorenzo Lotto, Ticiano, Veronese, Caravaggio, Bernini, etc.), além de pintores nórdicos que permaneceram na Itália (Rubens, Gerrit van Honthorst, etc.). A exposição também prestará homenagem a pintores menos conhecidos pelo público geral, como Annibale Carracci, Guido Reni, Cavaliere D’Arpino e Jacopo Bassano. A apresentação das obras na exposição iluminará tanto a história da coleção quanto os grandes temas explorados pelos artistas. A exposição será complementada por um catálogo, uma obra de referência em francês sobre a coleção de pinturas “modernas” da Galeria Borghese. O Musée Jacquemart-André se esforça para destacar colecionadores que deixaram sua marca na história da arte, como o casal Édouard André e Nélie Jacquemart.
Eles compilaram uma rica coleção de pinturas, esculturas e móveis italianos, desde a Idade Média até o século XVIII, tornando o Musée Jacquemart-André uma das principais instituições francesas dedicadas à arte italiana. Assim, as obras-primas colecionadas pela família Borghese serão particularmente bem cuidadas neste museu italiano no coração de Paris.
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