Maria Leontina é um nome incontornável na arte brasileira que há muito tempo não tinha uma exposição extensa de sua obra. Gesto em suspensão cobre essa lacuna, apresentando sua trajetória nas décadas de 1940 a 1980. Além de obras emblemáticas, inéditos desenhos e pinturas saem das paredes do ateliê de Leontina ou daquelas de sua irmã, Maria Eugênia Franco. A mostra conta com curadoria do também artista visual, compositor e cineasta Alexandre Franco Dacosta, filho de Leontina.
Em A criação do artista popular é exibida, pela primeira vez, a coleção de Lélia Coelho Frota. Exímia poeta, ensaísta, historiadora da arte e antropóloga, Lélia, sem alardes, em 1978, ao publicar Mitopoética de 9 artistas brasileiros, revelou excepcionais talentos individuais, anteriormente referidos, com raríssimas exceções, como artesãos do folclore regional. Deve-se a ela, nesse sentido, a personalização do criador popular no vasto campo da arte brasileira, sem os congelar como seres sem faces, personagens quase anônimos de manifestações coletivas. Para João Emanuel Carneiro, autor de teledramaturgia, filho de Lélia e curador da exposição, sua mãe foi uma grande pioneira ao legitimar esses artistas que eram invisibilizados. Durante anos, Lélia empreendeu verdadeiras expedições ao interior do Brasil em busca da arte desenvolvida fora do mundo acadêmico, com base no saber popular e autodidata.
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