O FONTE inaugura no dia 21 de setembro a mostra “Mar Revolto, Romã”, segunda individual da artista Daniela Eorendjian Torrente, apresentando trabalhos realizados ao longo dos últimos sete anos. A forma carregada de sentimentos ao mostrar a arte confere a Daniela, neta de sobreviventes, um papel fundamental na representação da construção das identidades das famílias vítimas do Genocídio Armênio (caracterizado por deportações em massa, massacres e outras formas brutais de violência) ao chegarem ao Brasil, assim como de seus descentes. A curadoria é de Nino Cais e o texto crítico da artista visual e escritora Cassiana de Haroutiounian.
Movida pelas lembranças e ciente da importância dos retratos no resgate à história, Daniela propõe uma reflexão sobre o papel feminino, enquanto pilar de estrutura da família armênia, na guarda e propagação da memória e cultura deste povo. Questões como a interrupção da vida cotidiana, o impacto na vida das mulheres em situação de refúgio e suas descendentes, expandindo para temas como a construção da identidade, o apagamento, o preconceito, a opressão, a fé religiosa, a reorganização social e o não pertencimento constituem vertentes importantes em sua pesquisa.
A mostra conta com fotografias, pinturas, costuras, instalações e vídeo, discute o papel importante dessas mulheres dentro do processo de partida e chegada em uma nova terra, em suas diversas regiões, e de sua construção interna e busca pelas suas raízes. “Cresci ouvindo as histórias da guerra e como a família conseguiu fugir, quem ficou no caminho, como se separaram para sobreviver e como se reuniram para vir para o Brasil. Depois de escutar histórias das mulheres da família e da comunidade, no Brasil e na Argentina, tantos relatos parecidos, identifico em mim memórias reais e memórias construídas, todas igualmente válidas e potentes.”, afirma Daniela Torrente.
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