A Portas Vilaseca Galeria apresenta a primeira exposição individual da artista Mai-Britt Wolthers na galeria. A COR DIVAGANTE tem a curadoria de Ligia Canongia e reúne cerca de 25 telas – muitas inéditas – que ocupam os três andares do edifício da galeria em Botafogo. Dinamarquesa radicada em São Paulo desde o final dos anos 80, Wolthers traz em sua pintura o legado moderno das formas puras, como visto em Arp, Miró e Matisse, além de retomar o cromatismo simples e afetuoso de Guignard e Volpi. Dessa tradição, a artista enuncia formas que se movem com fluidez entre abstração e representação, e que se pronunciam mais na sugestão do que na definição figurativa. Suas criações apostam num equilíbrio visual e misturam imaginação e real, experiência e racionalidade. A artista raramente usa a cor que sai diretamente dos tubos de tinta, preferindo, ao invés, misturá-las e experimentá-las no exercício do próprio fazer, como se cada fragmento da superfície exigisse a sua própria cor, com valor singular e absoluta autonomia. A visão fragmentária e a imprecisão formal que se espraiam no espaço da pintura são operações originárias do efeito cromático de cada fragmento, são construções, a bem dizer, exclusivas da cor. Apesar de surgir como artista em plena década de 1980, que se caracterizou pelo retorno à pintura, Mai-Britt não compartilhou os modelos caudalosos da chamada transvanguarda, preferindo, ao invés, manter uma paleta delicada, fiel à sutileza de seus traços e à potência que vislumbrava no aspecto lúdico com que seus recortes e fragmentos “brincam” no espaço.
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