Créditos: Alexandre Leopoldino
Exposição inédita do artista Antoni Muntadas (Barcelona, 1942), “Lugar Público” convida os públicos a uma reflexão sobre os limites e as transformações dos espaços compartilhados. Em um cenário de crescente privatização e vigilância, a exposição ocupa a Área de Convivência do Sesc Pompeia para questionar as transformações urbanas, como a destituição do espaço público e a primazia cada vez maior desses ambientes pelo poder privado do capital, e o direito ao acesso aos espaços coletivos, cada vez mais escassos.
A mostra de Muntadas se insere nesse contexto de transformação e diálogo entre passado e presente, evocando as intenções iniciais da arquiteta. Lugar Público – Muntadas denuncia como os espaços urbanos e públicos têm sido cada vez mais marcados por divisões, vigilância e controle, em detrimento do encontro e da emancipação política do cidadão.
Com curadoria de Diego Matos, o projeto para o Sesc Pompeia traz uma ocupação da Área de Convivência da Unidade, de caráter site-specific: são intervenções audiovisuais, textuais e dispositivos arquitetônicos projetados para explorar os significados de “público” – audiência e espaço – e provocar reflexões a respeito do espaço urbano contemporâneo e das noções de lazer e esfera pública.
Todos os elementos da exposição serão inéditos, numa ativação especial da Área de Convivência, dedicada à prática cidadã e à ludicidade do público que a acessa. Tendo em vista uma ancoragem histórica, haverá um local de memorabília com a apresentação de mais de 50 cartazes da trajetória do artista e uma área de estudo e descanso com uma seleção especial de suas publicações.
Para além da simples observação dos espaços urbanos, o artista aprofunda-se nas dinâmicas de poder que os moldam, como a vigilância, o controle social e a privatização. “Essas questões, muitas vezes invisíveis no cotidiano, têm um impacto profundo na forma como as pessoas interagem com a cidade e entre si”, ressalta o artista.
O artista convida o público a olhar para o futuro e a questionar as dinâmicas que estão redefinindo os espaços de vivência. Muntadas desafia as estruturas que limitam a liberdade de todos e propõe uma visão mais ampla de como os espaços coletivos podem, e devem, ser lugares de convivência, diálogo e participação. A exposição explora as tensões entre liberdade, acesso e controle, além de oferecer análise crítica de como essas forças operam nas cidades contemporâneas e nos convida a refletir sobre o papel da arte e da cultura na construção de uma sociedade mais inclusiva e democrática.
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