Conhecida por suas investigações sobre arquitetura e espaço urbano, Holck, em seu novo ateliê no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, tem experimentado com a cerâmica para ampliar a escala de suas criações, equilibrando precisão construtiva e gestualidade. “Ao atingir um ponto de equilíbrio entre a força da mola e os tubos de cerâmica, os trabalhos de Holck remetem à tradição da escultura construtiva, atualizando o pensamento sobre a fita de Moebius e sua circularidade contínua”, observa Taisa Palhares, curadora e professora de Estética na UNICAMP, sobre o diálogo entre a tradição da escultura construtiva e a arte brasileira.
A nova exposição de Ana Holck traz uma abordagem renovada à ideia de circularidade, um tema recorrente em sua produção artística, agora enriquecido com novas camadas de significado. Embora as esculturas não sejam cinéticas, elas transmitem uma forte sensação de movimento e velocidade. Esse dinamismo é intensificado pelos jogos de luz e sombra que as obras projetam, criando formas que se expandem pelo espaço.
Ao longo de sua trajetória, iniciada nos anos 2000, Holck tem explorado as conexões entre o urbano, a arquitetura e a tridimensionalidade, trabalhando com uma combinação de materiais industriais e naturais. Suas esculturas, por meio desse diálogo entre elementos, provocam uma reflexão sobre o equilíbrio e o controle — ou sua ausência — em um mundo marcado por transformações constantes. Ana Holck já expôs em instituições como o Centro Cultural Banco do Brasil, SESC Pinheiros e o Paço Imperial, e suas obras integram coleções de destaque, como as do MAM Rio, MAM São Paulo e a Pinacoteca de São Paulo.
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