Duas exposições individuais ocupam simultaneamente os espaços da Zipper Galeria. Em sua quarta individual na Zipper, intitulada Coleção de EUs, Katia Maciel apresenta um conjunto inédito de trabalhos: poema-objetos, três instalações e performance que investigam a performatividade da palavra “EU”. Todos os trabalhos são inéditos e foram produzidos pela artista e poeta especialmente para a mostra. Coleção de EUs tem curadoria e texto crítico da escritora, curadora e professora Veronica Stigger. A exposição problematiza o uso contemporâneo da palavra “eu” como intercessão entre os processos subjetivos e coletivos nas práticas da arte contemporânea, em particular no campo literário e poético. O humor circula no conjunto de objetos, instalações e performances, o que é uma recorrência no trabalho de Katia Maciel. A artista carioca, poeta e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro investiga em sua obra o imaginário próprio das imagens estabelecendo relações com a paisagem, os objetos e as palavras. Em seus vídeos e instalações, Maciel deixa evidente a influência do cinema, seja por questões de escala das obras, da poética do movimento e mesmo da inclusão do espectador. Sobre Coleção de EUs, a curadora Veronica Stigger afirma: “(…) mais do que simplesmente complexificar essa questão [do eu], Katia Maciel a anarquiza, destituindo toda e qualquer autoridade implicada no pronome, inclusive a do autor. Ela desautoriza(-se) ao explodir o eu, decompondo-o, espelhando-o, apagando-o, multiplicando-o. (…) Katia Maciel não nos deixa esquecer que, além de artista visual, também é poeta e, portanto, atém-se à palavra – um dos trabalhos exibidos é a íntegra das páginas do livro de poemas e de textos curtos que leva o mesmo título da exposição.” Já no projeto Zip’Up é a vez da artista convidada Poli Pieratti exibir um recorte de sua produção realizada ao longo de mais de cinco anos de processo criativo na mostra Submersas. É a primeira vez que esses trabalhos compõem uma mostra. A pesquisa de Pieratti transforma arquivos fotográficos em exercícios de pintura abstrata, utilizando diversas técnicas, como pastel seco, óleo e acrílica. Toda a narrativa da exposição se desenvolve a partir da água, como origem, memória e prática. A exposição conta com a curadoria e texto crítico de Catarina Duncan.
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