“Julio Le Parc: Couleurs” na Nara Roesler
8 agosto - 10:00 - 19 outubro - 19:00
Nara Roesler São Paulo apresenta a partir do dia 8 de agosto de 2024 a exposição “Julio Le Parc: Couleurs”, com aproximadamente 50 trabalhos inéditos e recentes do gênio da arte cinética, ativo aos 96 anos. Argentino de Mendoza, radicado em Paris desde os anos 1950, Le Parc deu à exposição um título em francês, que significa “Cores”. As pinturas, desenhos, um grande móbile com quatro metros de altura por três metros e meio de largura, e duas obras luminosas ocuparão dois andares da Nara Roesler.
Estará na exposição um conjunto de treze pinturas, com tamanhos que variam de três metros a 1,5 metro, criadas em 2024 da série “Alquimias”, em que Le Parc se debruça sobre o estudo da cor, suas diferentes paletas e os resultados obtidos a partir da interação entre elas. Sua paleta é constituída de catorze tonalidades, que vem utilizando desde 1959, e que vai desde tons mais quentes, como o vermelho e o laranja, até os mais frios, como o azul e o roxo. No entanto, nas “Alquimias”, as cores são reduzidas a pequenos fragmentos, como se fossem partículas, que se agrupam e se organizam de diferentes maneiras. Vistas de longe, o espectador tem a sensação de estar diante de nuvens cromáticas que vibram conforme as tonalidades se friccionam entre si, mas, de perto, ficam visíveis as partículas de cor presentes nas composições.
Outra série pictórica presente na mostra é a em que Le Parc coloca lado a lado faixas de cor que vão dos tons mais quentes aos mais frios, e que através de esquemas sinuosos as cores se intercalam, criando uma superfície dinâmica. São elas “Ondes 174” (2024), 200 x 200 x 3,5 cm, “Gamme 14 couleurs Variation 8” (1972/2024), “Gamme 14 couleurs Variation 7” (1972/2024), ambas com 100 x 100 x 3,5 cm, e “Théme 72-7” (1973/2023), todas elas em tinta acrílica sobre tela.
Obras tridimensionais de Julio Le Parc, uma de suas marcas de beleza e de experimentos cinéticos, estão também na exposição: “Mobile Color” (2024), com placas de acrílico colorido suspensas por fio de nylon, totalizando quase quatro metros de altura por 3,5m de largura, em que o artista propõe a mesma transição cromática nas séries de pinturas expostas; e as duas estruturas luminosas – “Continuel lumière” (1960/2023) e “Continuel lumière – verte” (1960/2023), ambas em madeira, acrílico, luz e folha colorida, medindo 124 x 35 x 27 centímetros, que contêm placas de acrílico coloridas com padrões geométricos. Uma vez acesas, a luz interage diretamente com as placas cromáticas, provocando um efeito luminoso vertical e ascendente.