A Galeria Marcelo Guarnieri apresenta duas exposições simultâneas: Notas de Rodapé: Amilcar, Lygia e Weissmann, primeira exposição individual de José Resende no espaço da galeria em São Paulo, e a individual do jovem artista RAU. A mostra de José Resende é formada por um conjunto de onze esculturas inéditas produzidas a partir de cortes e dobras em seis chapas de aço corten aproveitadas integralmente. Embora surjam de chapas idênticas e sofram cortes e dobras muitas vezes iguais, cada uma das onze esculturas pode ser percebida de maneira particular. Resende propõe a ocupação total do espaço da galeria e assim, um contato mais próximo do espectador, que, ao transitar pelas esculturas, percebe mais facilmente que com apenas a rotação de algumas delas, surgem outras bem distintas. Com o título Notas de Rodapé: Amilcar, Lygia e Weissmann, José Resende explicita claramente as referências com as quais esse trabalho está relacionado, convocando, de maneira alusiva, os três artistas neoconcretos para tratar das questões de interesse que compartilham. A exposição conta com texto crítico do curador Diego Matos. Já Gerentes de novas ansiedades, primeira exposição individual de RAU no mezanino da galeria em São Paulo e no circuito comercial, reúne cerca de dez pinturas em tela e vinte em papel produzidas durante os anos de 2021 e 2023. RAU nasceu em Ribeirão Preto em 1997 e em 2017 iniciou sua graduação em Arquitetura e Urbanismo. Em suas pinturas, incorpora aspectos da linguagem cinematográfica e explora enquadramentos cênicos e associações entre texto e imagem para representar situações de tensão e mistério, influenciado por diretores como Koji Wakamatsu, Hisayasu Satô e Takashi Ishii.Gerentes de novas ansiedades, título da mostra, faz referência ao conto Night Picnic, da escritora Izumi Suzuki (1949–1986), ícone da contracultura e pioneira da ficção científica japonesa. Night Picnic é a história de um grupo, supostamente o último sobrevivente em um planeta pós-apocalíptico, que tenta performar a dinâmica de uma família humana a partir dos vestígios da cultura “terráquea”. Em sua obra, RAU segue o tom da crítica à cultura de massa explorada por Suzuki na década de 1970 para situá-la no contexto dos dramas de homens e mulheres comuns, habitantes de qualquer grande cidade dos tempos de agora.
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