Para sua sétima exposição com a Lisson Gallery, Joanna Pousette-Dart retorna à sua cidade natal com uma grande mostra de novas pinturas, intitulada Centering. Desde a década de 1970, quando a artista começou a se afastar dos formatos retangulares tradicionais – inicialmente ao entrelaçar telas não esticadas em grades suaves e depois, nos anos 1990, ao criar telas em formatos definidos para pintar – Pousette-Dart vem utilizando formatos dinamicamente moldados para sugerir as qualidades expansivas, viscerais e abrangentes da paisagem. A partir dessas superfícies de painéis curvilíneos verticalmente unidos, ela reimaginou a pintura como uma arena de profundidade e amplitude, criando um continuum de luz e espaço onde o desenho interno está em constante diálogo com a forma externa, e tudo está em perpétuo movimento. Para intensificar ainda mais a qualidade viva e pulsante dessas formas e os mundos em constante mudança e expansão dentro de mundos, a artista bisela as bordas das pinturas, fazendo com que pareçam flutuar nas paredes.
As novas obras arqueadas e abobadadas de Pousette-Dart aprofundam essa exploração, mas possuem uma qualidade singularmente envolvente. Cada uma é desenhada à mão e sutilmente assimétrica, conferindo às pinturas uma ligeira inclinação ou sugestão de rotação, que coloca em movimento os campos de cores e formas. Cada pintura é composta por dois painéis com uma linha de “horizonte” que divide o espaço de maneira diferente em cada obra, de modo que o espaço interno de cada pintura tem sua própria ascensão e queda ou força gravitacional. Faixas horizontais de cor sugerem uma hierarquia de distâncias e qualidades flutuantes de luz, alcançadas através da acumulação de camadas finas de tons variados, às vezes complementares. A cor modula-se, às vezes de forma sutil e outras vezes dramaticamente, de claro para escuro, ou de quente para frio, tornando-se uma das maneiras pelas quais Pousette-Dart nos conduz pelos movimentos cíclicos e rotacionais inerentes a cada obra, sugerindo visualmente uma passagem de um estado ou reino para outro. Seu vocabulário singular de linhas e formas caligráficas define a orientação, bem como o senso de drama e foco de cada pintura, às vezes funcionando em oposição ao seu movimento interno e, em outras, ecoando-o.
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