Desde o início dos anos 1970, a artista, ativista e acadêmica Jeanne Moutoussamy-Ashe (n. 1951, Chicago, IL; vive e trabalha em South Kent, CT) produz fotografias que capturam a beleza e a complexidade da vida negra, homenageando os ritmos do cotidiano e marcando importantes ritos de passagem para as pessoas retratadas.
Em 1977, após um estudo independente de seis meses na África Ocidental, Moutoussamy-Ashe atravessou novamente o Oceano Atlântico até Daufuskie Island, localizada entre Hilton Head, na Carolina do Sul, e Savannah, na Geórgia. Lá, e nas outras ilhas vizinhas conhecidas como Sea Islands, ela começou a fotografar entre os Gullah Geechee—muitos deles descendentes de pessoas anteriormente escravizadas que adquiriram terras de antigos proprietários de plantações após o fim da Guerra Civil. Para Moutoussamy-Ashe, esses lugares, separados pelo Atlântico, estavam intrinsecamente ligados, com as Sea Islands representando um elo dentro da diáspora negra; um espaço moldado pelos séculos violentos da escravidão e por uma comunidade determinada a proteger e nutrir sua cultura e seu povo únicos. As fotografias de Daufuskie Island honram essas histórias entrelaçadas e a perspectiva pessoal da artista. Para ela, “a fotografia deve nos forçar a questionar a nós mesmos e o ambiente em que vivemos”.
Extraída da coleção do Whitney Museum, esta apresentação focada inclui uma seleção de fotografias em preto e branco de Daufuskie Island, além de publicações relacionadas da artista. Retratos de crianças e idosos, imagens de casas, do litoral, de pessoas trabalhando e descansando, bem como de cultos religiosos, formam juntas uma impressão de uma comunidade—e um lugar—à beira de grandes transformações.
Jeanne Moutoussamy-Ashe and the Last Gullah Islands é organizada por Kelly Long, Assistente Sênior de Curadoria.
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