O Swiss Institute apresenta a primeira grande exposição individual institucional em Nova York da artista brasileira Jac Leirner (nascida em 1961, em São Paulo). A exposição engloba uma ampla variedade cronológica da experiência da artista, com obras que vão desde os anos 80 até hoje. Em pilhas, montes e camadas, a acumulação seletiva de objetos cotidianos de Leirner segue uma lógica acumulativa. O processo de Leirner, ao mesmo tempo controlado e compulsivo, leva a obscurecer parcialmente a própria natureza dos materiais que ela reúne, pois eles se transformam em esculturas. A performance paradoxal do apagamento através da acumulação ecoa o desaparecimento dos objetos de escolha de Leirner ao longo dos anos: sacolas plásticas, cigarros, notas de banco e cartões de visita, uma vez onipresentes e aparentemente insubstituíveis, estão cada vez mais fora de circulação. Amarrado entre o desejo essencial de acumular e formas acidentais inesperadas, o comprometimento de Leirner por mais de 40 anos em coletar materiais, objetos e produtos compõe “um vocabulário idealista de signos onde a própria vontade de viver é discernível em uma materialidade cada vez mais distante” (tradução livre), como escreveu o sociólogo e filósofo francês, Jean Baudrillard. Sua homenagem formal e contínua a materiais descartáveis eleva o efêmero ao biográfico, ao coletivo e ao sublime.
© 2024 Artequeacontece Vendas, Divulgação e Eventos Artísticos Ltda.
CNPJ 29.793.747/0001-26 | I.E. 119.097.190.118 | C.C.M. 5.907.185-0
Desenvolvido por heyo.com.br