Esta exposição é a primeira a examinar um lado intrigante, mas em grande parte desconhecido – no sentido literal – da pintura renascentista: retratos de múltiplas faces nos quais a semelhança do retratado era ocultada por uma tampa articulada ou deslizante, dentro de uma caixa, ou por um formato de dupla face. As tampas e reversos desses retratos privados e pequenos eram adornados com emblemas, epigramas, alegorias e mitologias enigmáticas que celebravam o caráter do retratado, e representavam algumas das imagens seculares mais inventivas e únicas do Renascimento. O espectador tinha que decodificar o significado do retrato simbólico antes de levantar, deslizar ou girar a imagem para desmascarar o rosto abaixo.
Essa tradição difundida na Itália e no Norte da Europa durante os séculos XV e XVI será explorada por meio de aproximadamente 60 retratos de dupla face e cobertos da coleção do Met e de outras instituições americanas e europeias, incluindo a reunião de vários retratos e suas tampas que haviam sido separados e tornados parte de coleções diferentes. Pintados por artistas como Hans Memling, Lucas Cranach, Lorenzo Lotto e Ticiano, as obras variam de retratos destinados à propaganda portátil àqueles projetados para ocultar a identidade de um amante. Esses conjuntos tridimensionais e portáteis lançam luz significativa sobre a natureza íntima e pessoal de retratos projetados como objetos interativos.
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