Mais relevante feira de arte e design da América Latina, a SP–Arte inaugura a Casa SP–Arte, seu primeiro espaço permanente, dedicado à realização de exposições e eventos ligados às artes visuais em São Paulo, com a exposição Hélio Oiticica: Mundo-Labirinto. Instalada na Vila Modernista, projetada por Flávio de Carvalho (1899-1973), a Casa SP–Arte ocupa o único imóvel inteiramente restaurado em sua versão original, entre os 17 que compõem a vila. “Depois de quase 20 anos de trabalho organizando com sucesso várias feiras de arte, queríamos dar um passo a mais. Abrir um espaço permanente nos permite dar asas a projetos próprios (que são muitos!) e de galerias parceiras”, afirma Fernanda Feitosa, diretora da SP–Arte.
A exposição Hélio Oiticica: Mundo-Labirinto é organizada pela Gomide&Co e por Luisa Duarte, diretora artística da galeria. A mostra reúne obras de diferentes fases da produção de Oiticica (1937-1980), incluindo suas investigações de caráter construtivo sobre o plano bidimensional e propostas experimentais que dialogam sobre arte e vida e sobre arte e cultura pop. Compõem a mostra obras produzidas a partir de 1955, incluindo trabalhos do Grupo Frente, e produções dos anos 1970. Algumas obras do artista, inclusive, ressaltam a arquitetura modernista da casa. É o caso de Relevo espacial (vermelho), 1959-1960. Entre os destaques, está o desdobramento inédito de uma Cosmococa (CC4) executada por Neville d’Almeida (1941) para a exposição, no ano em que essas obras imersivas completam 50 anos. Trata-se de uma versão doméstica da CC4, algo planejado por Oiticica em vida, mas nunca realizado. Cosmococa é um ambiente multissensorial de experimentação que busca levar a arte ao mundo sensorial. O projeto CC4 é composto por projeções, água e som. A CC4 tem como referências as obras de John Cage (1912-1992) e dos irmãos Haroldo (1929-2003) e Augusto de Campos (1931). Deste último, faz parte da instalação o poema dias, dias, dias. Além da Cosmococa, mais de 15 obras completam a exposição. Também merece destaque o primeiro Penetrável (PN1), que ocupa o centro da Casa. Construída pelo artista em 1961, a instalação é uma homenagem ao crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981). Em PN1, percebe-se a incorporação do corpo em movimento no interior de uma composição labiríntica – o amarelo se desenvolve em uma estrutura polimorfa de placas que se sucedem no espaço e no tempo, captando tal ideia. Foi esta obra que serviu de inspiração para o título da exposição: Mundo-Labirinto.
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