Hans Hollein, “Zeichnung mit Akten auf Foto” (Desenho com nu sobre fotografia), 1972. © Arquivo Particular Hollein. Crédito fotográfico: Centre Pompidou, MNAM-CCI / Philippe Migeat / Dist. GrandPalaisRmn
A exposição “Hans Hollein. transFORMS” propõe uma nova leitura da coerência entre a prática criativa e crítica do arquiteto austríaco Hans Hollein (1934–2014), destacando suas obras mais emblemáticas, que marcam uma trajetória de pesquisa desenvolvida ao longo de mais de meio século.
Embora comumente associado a um “estilo” pós-moderno, seu trabalho merece ser revisto à luz de seu envolvimento com os diversos movimentos que moldaram as pós-vanguardas entre os anos 1960 e 1980 — do art informel à arte conceitual e à arquitetura radical.
Em 1987, o Centre Pompidou lhe dedicou uma grande exposição no Forum. Após sua morte, o Centre Pompidou – Musée national d’art moderne adquiriu, em 2016, um conjunto significativo de obras, incluindo instalações, maquetes, desenhos e acervos documentais que abrangem todas as fases e aspectos de sua atividade.
Suas primeiras investigações sobre o espaço (1958–1962) e sobre a arquitetura como escultura, realizadas entre Áustria e Estados Unidos, foram seguidas da exposição “Architektur” com Walter Pichler (Galerie nächst St. Stephan, 1963) e de seus famosos colagens de escala urbana (hoje conservados no MoMA). Essa fase inicial de sua produção estabelece vínculos profundos com a arte conceitual, refletidos também em sua participação em catálogos e exposições ligadas a essa corrente.
A partir de 1965, Hollein passou a colaborar ativamente com a revista BAU na Áustria, ao mesmo tempo em que concebeu exposições importantes, como a “Austriennale” (Trienal de Milão, 1968), “MANtransFORMS” (Cooper Hewitt Museum, Nova York, 1976), além de instalações como Die Turnstunde (Städtisches Museum Abteiberg, Mönchengladbach, 1984). Sua célebre fachada com colunata para a exposição fundadora do pós-modernismo, “La Strada Novissima”, na Bienal de Veneza de 1980, consolidou sua fama internacional e associação ao movimento.
Após projetos como as boutiques Retti (1966) e Schullin I e II (1974–1976), Hollein multiplicou suas realizações arquitetônicas na Áustria — como a Haas Haus (1990), localizada em frente à catedral de Santo Estêvão, no centro de Viena — e no exterior, com marcos como o Museu Abteiberg em Mönchengladbach (1982), o Museu de Arte Moderna de Frankfurt (1991) e Vulcania (2002), na região de Auvergne, França.
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