Nara Roesler São Paulo apresenta, a partir de 31 de outubro de 2024, a exposição Giros e Afetos, Arte Brasileira 1983-1995, com 39 obras de 18 grandes artistas, criadas neste período. São trabalhos em diferentes tamanhos, técnicas e pesquisas, em pinturas, aquarelas, desenhos, esculturas e bordados, que mostram que “entre voltas e afetos, ainda que compartilhando o mesmo momento histórico, e, embora aparentemente semelhantes, os artistas e suas obras são únicos e irrepetíveis, e cada um deles inaugura uma temporalidade específica”, como afirmam Luis Pérez-Oramas e o núcleo curatorial da Nara Roesler, que organizaram a mostra.
Os artistas com obras na exposição são: Amelia Toledo (1926), Angelo Venosa (1954-2022), Antonio Dias (1944-2018), Carlito Carvalhosa (1961-2021), Carlos Zílio (1944), Cristina Canale (1961), Daniel Senise (1955), Fabio Miguez (1962), José Cláudio (1932-2023), Karin Lambrecht (1957), Leda Catunda (1961), Leonilson (1957-1993), Marcos Chaves (1961), Mira Schendel (1919-1988), Paulo Bruscky (1949), Sérgio Sister (1948), Tomie Ohtake (1913-2015) e Vik Muniz (1961).
“Em sua tentativa ilusória de se tornar científica, a história da arte esquece que, durante séculos, suas realizações foram reguladas, explicadas e sustentadas por uma teoria dos afetos, também chamada de teoria das paixões”, comentam os curadores. “A obra de arte é uma obra de afeto, na medida em que, precisamente, o valor estético que nos afeta só é experimentado como recepção. Essa dimensão subjetiva do afeto significa que, a rigor, cada obra de arte pertence a uma temporalidade única e irrepetível, além do tempo que todos nós compartilhamos”, continuam. “Mais recentemente, a física dos campos (eletromagnéticos, gravitacionais) mostra que a realidade em sua dimensão mais elementar existe como uma relação, e depende de modelos de probabilidade que regulam saltos orbitais, giros nucleares. Um princípio de exclusão para algumas partículas (férmions) sustenta que partículas idênticas na forma como giram não podem compartilhar o mesmo estado quântico. Os campos elementares da realidade são sistemas de fusão e fissão, acoplamento e distância, emaranhamento e incerteza para os quais a antiga teoria dos afetos pode servir como metáfora”.
Para Luis Pérez-Oramas e o núcleo curatorial da Nara Roesler, na temporalidade específica inaugurada pelos artistas e suas obras, se “conjugam exclusão e afeto, memória e mente”. Giros e Afetos, Arte Brasileira 1983-1995 determina “um parêntese para aproximações e distanciamentos”, propõem.
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